
Durante seu discurso, o novo presidente Marcos Lima fez questão de declarar seu amor incondicional à profissão e prometeu transpor todos os obstáculos, assumindo a grande responsabilidade que o cargo impõe. “Seguiremos lutando pela boa qualificação do médico, pela melhora nas condições de trabalho, pela valorização do trabalho médico, pelo exercício ético da medicina e, sobretudo, protegendo a população do nosso estado e do nosso país, daqueles que forem contra a esses princípios”, declarou.
Com a posse de Marcos Lima na presidência, o antigo presidente Jeancarlo Fernandes Cavalcante assumiu o posto de vice-presidente. A mudança ocorreu porque o Jeancarlo Cavalcante tomou posse recentemente conselheiro federal. “É gratificante saber que marcamos um pouco da nossa história com algumas ações, como, por exemplo, a primeira ação de dano moral coletivo na saúde da história do judiciário brasileiro. Nós processamos a governadora do estado, numa tentativa que ela indenizasse cada cidadão potiguar por não te cumprido o mínimo existencial na área da saúde. Trouxemos novas maneiras de mostrar o caos na saúde, através de imagens, fotografias, vídeos, o que culminou no conhecido episódio do fio de aço. É uma alegria passar a tarefa para um colega de extrema competência. É muito bom, é muito confortável saber que deixo este Conselho nas mãos de uma pessoa competente, eficiente, que vai fazer este Conselho crescer cada vez mais”.
Logo após a cerimônia de posse, aconteceu o Fórum de Dilemas Éticos, com o tema: Carreira de Estado para Médico. Como palestrantes os doutores Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, presidente do Conselho Federal de Medicina e Paulo Davim, senador.
Em sua palestra, o presidente do CFM fez questão de citar que “A carreira de Estado não é uma causa dos médicos, mas de toda a sociedade, porque o grande beneficiário será o cidadão brasileiro, que terá um médico com segurança jurídica, com entusiasmo, com abnegação, com exclusividade.”, declarou Carlos Vital.
Para o senador e médico Paulo Davim só existe uma saída para o problema da medicina no Brasil: “Não adianta o governo transferir responsabilidades para os médicos, dizendo que o jovem médico não quer trabalhar no interior. Isso é falta de política, de recursos humanos capazes de pulverizar a atuação do médico no Brasil. Faltam profissionais para atuarem em especialidades, mas por quê? Porque o mercado estimula isso, o mercado estimula pra que o jovem faça cardiologia, neurocirurgia, subespecialidades. Este é o papel do mercado. Como é papel do Estado suprir as necessidades. O governo tem que olhar diferente”, argumentou o senador.