Durante a audiência pública sobre a obrigatoriedade de equipar alguns veículos e locais com desfibriladores cardíacos, na Câmara Federal, o corregedor do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz D’Ávila, avaliou que, se a lei for aprovada o grande problema será a divulgação sobre o uso correto do equipamento, o acesso a ele em locais públicos e a capacitação de pessoas leigas. “Não basta a existência do desfibrilador como um extintor de incêndio, sem que a pessoa saiba o que fazer com ele”, assinalou. Dr. Roberto, que também é membro do grupo técnico criado pelo Ministério da Saúde (MS) para avaliar a prestação de socorro às vítimas de morte súbita participa da audiência da Comissão de Seguridade Social e Família, que debate esse tema, contido no Projeto de Lei 4050/04, do Senado Federal. De acordo com o conselheiro, uma das maiores dificuldades da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina é a educação continuada da própria classe médica quanto ao que pode ser feito para que as mortes súbitas sejam evitadas. Uso fácil Roberto Luiz D’Ávila ainda considera que o uso do desfibrilador é muito fácil e qualquer pessoa acima de 10 anos pode utilizá-lo corretamente. Os aparelhos mais modernos dão instruções ao usuário e identificam que o coração está fibrilando, pois só se ele estiver fibrilando é que o equipamento aciona o choque. “Somos um exemplo no tratamento da Aids e de investimento em campanhas de câncer de mama. Mas a morte súbita ainda carece de maior divulgação, porque mata mais do que essas duas doenças juntas. Se uma só vida for salva pelo uso do desfibrilador, todo o investimento terá valido a pena”, ressaltou o corregedor. Fonte: Agência Câmara
Conselho participa de audiência pública sobre o uso de desfibriladores
09/12/2004 | 02:00