Os novos desafios da vigilância epidemiológica, área da saúde que cuida da identificação e controle de doenças, estarão em discussão de hoje a quarta-feira, no VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia. Cerca de cinco mil sanitaristas das diferentes regiões do Brasil e de outros países devem participar do evento, considerado o maior do setor na América Latina. A conferência de abertura será feita às 18h de hoje pelo ministro da Saúde, Humberto Costa. O congresso é organizado pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) e tem apoio de outras instituições. Cerca de 3.800 trabalhos científicos foram inscritos, segundo a presidente do congresso, Ana Bernarda Ludermir. São pesquisas sobre o comportamento de doenças que afetam a vida da população brasileira e experiências em diferentes campos da epidemiologia. O tema do congresso é Um olhar sobre a cidade, uma homenagem póstuma a Dom Hélder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, e, ao mesmo tempo uma forma de chamar a atenção para a estreita relação entre a cidade e a saúde de seus moradores. O evento também tem o objetivo de integrar ensino, pesquisa e serviço e promover uma relação entre a epidemiologia e as outras ciências. Durante os quatro dias, os participantes estarão trocando experiências sobre investigação e controle de doenças crônicas e infecciosas. A violência, a mais nova epidemia do País, também terá lugar nas discussões. O congresso será aberto na noite de hoje, no Centro de Convenções de Pernambuco. Estão programados 23 cursos, 11 oficinas, sete palestras e 20 painéis por dia, além de conferências com especialistas do Brasil e do mundo. Está previsto também o lançamento de 36 publicações. A conferência final será feita na tarde de quarta-feira, pelo secretário nacional de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, que falará sobre os novos desafios da epidemiologia no Brasil. A exclusão social estará presente numa das principais discussões do evento. JORNAL – A experiência do Jornal do Commercio na campanha de prevenção à dengue, em 2002, ano da maior epidemia registrada no Recife, será mostrada no congresso. Um pôster, descrevendo a produção de um caderno especial sobre a doença será exibido. Esse suplemento foi produzido para esclarecer e estimular a participação da sociedade na luta contra a doença. E será apresentado no evento como exemplo de educação em saúde feito por um grande veículo de comunicação. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com informações do Jornal do Commercio.