Médicos anestesiologistas e perioperatórios de vários pontos do Brasil e do mundo estarão reunidos no 55º CBA – Congresso Brasileiro de Anestesiologia, de 5 a 9 de novembro,, nos Pavilhões Brancos 1 e 2 do Expo Center Norte, em São Paulo. Segundo o dr. Irimar Paula Posso, presidente da Comissão Executiva, especialistas e população terão acesso às novas tecnologias, aos modernos equipamentos de monitorização da anestesia e dos pacientes, às bombas de infusão de fármacos e outros, além de técnicas para inovar o uso de medicamentos já consagrados. Serão apresentados ainda os avanços na terapêutica intervencionista da dor. Dr. Irimar Posso ressalta também outro fator fundamental à qualificação do atendimento, que é um dos focos do CBA: a atualização dos profissionais. Os mitos e as verdades serão esclarecidos nestes debates. Anestesia sem receios Um dos procedimentos mais importantes e consagrados na medicina, a anestesia é caracterizada pelo estado de insensibilidade dolorosa frente ao estímulo cirúrgico. Transitória e reversível, promove o relaxamento muscular, a inconsciência, a imobilidade e a ausência de dor, fatores indispensáveis para o bom andamento de qualquer cirurgia. A duração de seu efeito depende do porte cirúrgico e do tempo do procedimento. A anestesia é indicada não apenas em intervenções cirúrgicas, mas também em analgesia de parto e exames que requisitam imobilidade, como a ressonância magnética, principalmente em crianças, o que auxilia no resultado do procedimento. Existem diversos tipos de anestesia e cada um é indicado de acordo com a cirurgia e com o próprio paciente. Novas drogas e equipamentos modernos vêm sendo adotados constantemente. Com isso, os riscos de acidentes anestésicos ou de complicações são reduzidos consideravelmente. O médico anestesiologista é o profissional formado para prevenir, identificar e solucionar qualquer intercorrência durante e após a anestesia. Porém, mesmo com todos estes indicativos de segurança, a anestesia causa temores. Mas por quê? Uma das grandes preocupações é o choque anafilático ou reação alérgica. Alergia à anestesia é algo muito raro, praticamente inexistente. O mais provável é que o processo alérgico durante a cirurgia, seja devido às drogas administradas – algumas potencialmente alergênicas – que podem causar efeito colateral. É importante que um paciente sabidamente atópico (alérgico) comunique seu médico e agende uma consulta prévia com o anestesiologista para pesquisar eventuais alergias e evitar o uso desses medicamentos. Dessa forma, os riscos são cada vez mais controlados. Outra medida para garantir mais segurança ao ato anestésico está em vigor desde novembro de 2006, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) passou a recomendar consultas ambulatoriais com um anestesiologista antes da cirurgia. Além de tranqüilizar o paciente, o médico poderá conhecê-lo melhor e planejar a técnica adequada às particularidades do caso. Durante a consulta, são avaliados o estado físico geral e também do coração, pulmão e das vias aéreas. As radiografias e os testes laboratoriais do paciente também são checados. Em geral, os anestesiologistas solicitam não ingerir alimentos sólidos pelo menos oito horas antes do procedimento, e água quatro horas antes. Após o término da cirurgia, o médico anestesiologista continua responsável pelo paciente. Deve cuidar de seu encaminhamento até a sala de recuperação, onde aguardará até que a dor e as náuseas sejam controladas. Para receber alta, é necessário que exista o conforto térmico – temperatura agradável do corpo –, a plena capacidade das funções vitais e da consciência. Para mais informações sobre como se inscrever para os cursos e sobre a programação do evento acesse o site do CBA: www.cba2008.com.br Fonte: CBA
Congresso médico traz ao Brasil as novidades em anestesiologia
04/11/2008 | 02:00