Parlamentares e entidades analisam informações e propõem soluções. A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizou nesta quinta-feira (3) uma audiência pública para discutir a estratégia do Ministério da Saúde relativa à dispensação do medicamento Tamiflu no território nacional. O medicamento é usado no tratamento de pacientes com gripe A. Estiveram presentes no encontro parlamentares, representantes da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Infectologia, da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, da prefeitura de Passo Fundo e do governo do Estado do Paraná. Nesta quarta-feira o Ministério da Saúde informou que o Brasil atingiu 657 óbitos decorrentes da gripe suína. No último boletim divulgado, no dia 26 de agosto, o País registrava 557 óbitos. As novas mortes são referentes a confirmações laboratorais entre 23 e 29 de agosto. Em sua fala, o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, apontou algumas ações do governo que serão desenvolvidas como a destinação de 22,72 milhões de reais destinados à compra de equipamentos de proteção, principalmente para profissionais de saúde, e material para o diagnóstico da nova gripe, um total de 113,2 mil unidades de oito itens diferentes. Além disso, o Ministério da Saúde irá financiar cinco pesquisas sobre o comportamento do vírus A (H1N1). A intenção é validar o produto fabricado no Brasil e nacionalizar a sua produção. Hagge também comentou sobre uma possível proibição de venda do medicamento nas farmácias brasileiras. “Esta notícia é falsa. O único laboratório fabricante do remédio teria dado prioridade aos pedidos de compra feitos pelo Ministério da Saúde”. Outra questão apresentada por ele referiu-se às mulheres grávidas e os problemas decorrentes da doença. “Um total de 620 gestantes apresentou resultado positivo e desenvolveram a doença. No entanto apenas 63 morreram”, frisou Hage. Experiências positivas O modelo de gestão desenvolvido pela prefeitura de Passo Fundo-RS para combater a doença foi apresentado pelo secretário municipal de saúde do município, Dr. Alberi Grando. Naquela cidade foi criado um Comitê Municipal contra a gripe A após a morte de pessoas na cidade e região. Segundo ele, as medidas adotadas tiveram como foco o acompanhamento dos doentes na rede hospitalar, capacitação dos profissionais, contato permanente com a imprensa e profissionais de saúde, assim como a preocupação com os eventos que seriam realizados no município. “Cancelamos encontros importantes como a feira do livro que acontece anualmente. O papel do conselho foi decisivo para controlarmos a situação. Nossa preocupação era agir antes da doença. E não existiam boatos, mas sim notícias reais e transparentes”. Alertas Na visão dos representantes das instituições presentes a dispensação do medicamento deveria ter sido ampliada não só aos pacientes com sintomas evidentes, mas também àqueles em que os médicos entendessem que a prescrição da droga fosse necessária. O Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Juvêncio Furtado, alertou para a situação futura que o mundo poderá viver em breve. “Teremos no próximo ano uma segunda onda da doença, algo em torno de 20 a 30% da população mundial. A grande arma para o próximo ano será a vacina que já foi aprovada em testes. Agora teremos que pensar nos grupos que iremos beneficiar prioritariamente, qual o tipo de vacina a ser empregado e onde iremos atuar”, analisou Furtado. Outro problema apontado por ele foi a carência no país no número de leitos de terapia intensiva para os tratamento dos casos graves. “Para resolver esta situação é necessário também melhorar a estrutura hospitalar. Não estamos preparados para atender esta demanda, por mais que o ministério se esforce”. O deputado Eleuses Paiva (DEM-SP), autor do requerimento da audiência pública, pontuou em seu discurso o número reduzido de profissionais da saúde para atender a demanda, a centralização do governo no controle da distribuição do Tamiflu e os problemas decorrentes da falta de recursos para a área da saúde. “Temos uma saúde subfinanciada no país. Na época do Inamps tínhamos 30% do orçamento da Seguridade Social. Hoje são apenas 15%. Se existe remédio suficiente para todos, estranha-me muito o fato da venda no mercado negro do Tamiflu. A falácia de que estamos preparados, com hospitais bem equipados é deplorável”. O deputado Germano Bonow (DEM-RS) falou sobre também sobre o caso gaúcho. “Quem acompanhou o problema que vivenciamos lá no Rio Grande do Sul observou um exército da saúde sem munição. Não tínhamos a experiência de uma gripe com um comportamento diferente. É evidente que estamos aprendendo com a doença, mas não poderíamos de forma alguma centralizar a distribuição dos medicamentos. E se vier mesmo esta segunda onda, precisaremos estar preparados”, frisou ele. Já o deputado Alceni Guerra (DEM-PR) comentou sobre os problemas de distribuição do medicamento principalmente nas áreas de fronteira entre estados brasileiros e entre o Brasil e outros países. “Sei que muitas pessoas têm que sair do país para conseguir o remédio que aqui é escasso”. O presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, Dr. Celso Ramos, apontou um outro problema, referente aos estudos sobre a doença. “Nas universidades brasileiras não há muita discussão sobre as gripes de forma geral. Os alunos não estão preparados”. Ele falou também sobre a dificuldade na realização dos exames para detecção da doença. “Apenas alguns laboratórios no país estão realizando os procedimentos. E os laboratórios privados tem tido dificuldades na aplicação dos exames”. Sugestões O deputado Eleuses Paiva sugeriu a criação de um contato permanente dos profissionais de saúde com o governo federal. “Seria muito oportuno se tivéssemos um telefone 0800 ou um site para que as informações fossem mais precisas sobre a situação da doença no país. Além disso, este mecanismo poderia ajudar as pessoas e o próprio governo a identificar onde existem problemas a serem resolvidos, como a falta de medicamentos e atendimento insuficiente às pessoas”. O representante do Ministério aceitou a proposta e disse que irá propor ao órgão a criação de canal de comunicação permanente. Fonte: Assessoria de imprensa do deputado Eleuses Paiva

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