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Como garantir que apenas médicos bem preparados tenham licença para exercer a medicina? Quais os padrões internacionais de qualidade e como garantir avaliações justas e eficazes? Essas foram algumas das questões centrais abordadas na conferência internacional “Certificação médica e segurança da população”, realizada na tarde desta quarta-feira (31/07), dentro da programação do XV Fórum Nacional de Ensino Médico, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em sua sede, em Brasília. A atividade foi presidida pelo conselheiro federal Diogo Leite Sampaio e secretariada pelo conselheiro federal Alcindo Cerci Neto, coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM e responsável  por este evento.

O convidado internacional foi o Humayun J. Chaudhry, CEO da Federation of State Medical Boards (FSMB), dos Estados Unidos, uma das entidades responsáveis por supervisionar e certificar a formação médica naquele país. Com vasta experiência acadêmica e institucional, Chaudhry apresentou um panorama completo do sistema norte-americano de licenciamento, baseado em avaliação padronizada e independente da atuação dos médicos.

Rigor – O conferencista explicou que o processo de certificação médica nos Estados Unidos se dá por meio de um exame nacional unificado — o USMLE (United States Medical Licensing Examination) — composto por três etapas obrigatórias para qualquer profissional que deseje atuar legalmente no país, independentemente de ter se formado dentro ou fora dos EUA.

“Acreditamos que deve haver um padrão para todos que desejam exercer a medicina. Não importa onde estudaram. A avaliação é essencial para garantir qualidade e segurança na prática médica”, afirmou Chaudhry. Segundo ele, 35% a 48% dos médicos licenciados atualmente nos EUA são formados em outros países.

O USMLE é construído em parceria entre a FSMB e o National Board of Medical Examiners. O exame combina questões de múltipla escolha e simulações digitais de casos clínicos, com foco em autenticidade, confiabilidade e aplicabilidade prática. “Nossa meta é que os estudantes e médicos tenham a oportunidade de demonstrar, com justiça, o que sabem e o que podem fazer”, destacou o palestrante.

Dados e resultados – Estudos citados pelo palestrante indicam que profissionais que obtêm boas pontuações nos exames de licenciamento têm menor incidência de ações disciplinares e melhor desempenho em indicadores de saúde, como morbidade e mortalidade de pacientes. “A avaliação faz a diferença. Ela impacta diretamente a qualidade do cuidado prestado à população”, reforçou.

Futuro –  Chaudhry também compartilhou iniciativas recentes da FSMB, como a criação de mecanismos para acelerar a inserção de médicos estrangeiros já experientes, por meio de licenças provisórias sob supervisão. Além disso, destacou que a instituição estuda a aplicação de inteligência artificial para aprimorar os sistemas de avaliação médica.

Ao encerrar, reiterou a importância de processos avaliativos independentes e padronizados: “Mesmo escolas médicas renomadas como Harvard precisam que seus alunos passem pelo USMLE. Isso garante igualdade de critérios, sem interferências internas ou externas”.

A conferência foi seguida de perguntas do público e se somou ao conjunto de reflexões promovidas pelo Fórum, que discute os desafios e as oportunidades na formação dos futuros médicos brasileiros.

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