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O Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) declarou apoio às denúncias do Centro Acadêmico de Medicina de Cajazeiras (PB), em relação à abertura de mais uma faculdade de medicina no Sertão paraibano e reiterou a preocupação com a inexistência de condições mínimas para a implantação de mais uma escola médica, que seria a sétima do Estado. 

A abertura indiscriminada de escolas médicas tem sido denunciada constantemente pelo conselho regional. A própria criação da Faculdade de Medicina de Cajazeiras, na condição de Campus avançado da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) foi alvo de controvérsias, resultando no corte de 50 das 80 vagas anuais inicialmente previstas.

O novo curso da Faculdade Santa Maria pretende oferecer 60 vagas anuais e, segundo o movimento estudantil, deve enfrentar a fragilidade da rede pública de saúde, comprometendo a prática eficaz dos graduandos. Em documento enviado ao CFM e ao CRM-PB, e à Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do Ministério da Educação (MEC), a comunidade estudantil questiona ainda a liquidez da faculdade para arcar com custos de implantação do curso, a falta de leitos hospitalares suficientes em hospitais adjacentes ao município-sede do curso, e o número de vagas previstas, entre outros itens. Também apoiam as ações de repúdio o Centro Acadêmico de Medicina Napoleão Laureano (CANAL) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e os alunos de Medicina de UFCG em Campina Grande.

O conselheiro que representa a Paraíba no CFM, Dalvélio de Paiva Madruga, destaca que não há hospital ou hospital de ensino na cidade, nem preceptor comprometido. Além disso, Cajazeiras tem número de médicos bastante reduzido. “O internato do Campus avançado da UFCG em Cajazeiras é feito em uma cidade que dista aproximadamente 200 quilômetros. Não existe justificativa social, geográfica, comprometimento com ensino médico. O número de escolas existentes no estado é por demais suficiente, ultrapassa o de estados com população bem superior, como Ceará, Pernambuco e Bahia”, argumenta, questionando: “qual o verdadeiro objetivo dessa nova escola: necessidade ou oportunismo?”.

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