As discussões sobre publicidade médica ganharam um novo alento com a Resolução CFM n°1701/2003. Para promover o debate na Bahia, a Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do Cremeb (Codame) pretende realizar um grande evento, em meados de julho, envolvendo médicos, publicitários, jornalistas e outros profissionais da mídia de expressão local e nacional. “Dessa maneira, queremos estabelecer um paralelo entre a visão dos profissionais de comunicação e a visão dos Conselhos de Medicina em relação ao tema”, explica o coordenador da Codame, Paulo Sérgio Santos. Quais os limites éticos da publicidade médica? A propaganda médica em TV, jornais, revistas e outdoors deve seguir o mesmo padrão? Estes e outros temas serão discutidos em palestras e mesas-redondas. Na ocasião, será lançada a segunda edição do Manual de Ética para a Publicidade Médica do Cremeb. Com a Resolução CFM nº 1701/2003 – também conhecida como “Resolução da Publicidade Médica” -, que amplia os critérios norteadores para a divulgação de assuntos médicos, o manual publicado em dezembro de 2002 precisou ser modificado. Atualmente, ele se encontra em fase de revisão. A Resolução CFM n° 1701/2003 causou polêmica entre médicos e jornalistas em particular no artigo referente à exigência do médico de revisar entrevistas concedidas à imprensa. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e outras entidades da classe reuniram-se com representantes do CFM para discutir e desfazer conflitos. Com base na reunião, o documento foi alterado, a fim de atender aos profissionais envolvidos e à sociedade. Na Bahia, segundo o conselheiro Paulo Sérgio Santos, as publicações apresentam poucos erros relativos a divulgação médica. Para ele, isso resulta do trabalho contínuo de esclarecimento feito pela Codame ao longo de cinco anos. “A classe médica baiana é muito consciente e até supera outros estados na obediência aos critérios éticos de publicação”, afirma.
Codame vai debater divulgação médica
12/05/2004 | 03:00