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PARIS – Um grupo de pesquisadores franceses conseguiu produzir anticorpos em laboratório, capazes de bloquear a infecção de células humanas de linfócitos por diferentes cepas do vírus da Aids, segundo trabalhos publicados na revista especializada Immunology. Os resultados obtidos in vitro pela equipe de Ara Hovanessian (CNRS-Instituto Pasteur, Paris), em colaboração com o grupo de Sylviane Muller (CNRS, Estrasburgo, Leste da França), ”abrem perspectivas interessantes para o desenvolvimento de uma vacina contra a Aids”, afirmam os pesquisadores. Mais de 20 anos após a identificação do vírus da imunodeficiência humana (HIV), a epidemia continua um dos maiores desafios da saúde pública em escala mundial, tornando uma vacina necessária mais do que nunca. Um dos desafios dessa pesquisa é induzir a produção de anticorpos neutralizantes, a fim de inibir a infecção de novas células e, assim, reduzir o número de partículas virais e o número de células infectadas de forma latente em diferentes localizações do vírus escondido no organismo. Os anticorpos fabricados pelos coelhos bloquearam em proveta a invasão de glóbulos brancos, envolvidos na defesa do organismo (dos linfócitos T CD4), pelas diferentes cepas do vírus da Aids mais espalhadas pelo planeta, o HIV-1. É a primeira vez que os anticorpos dirigidos contra uma proteína de invólucro do HIV reagem a diferentes cepas testadas, segundos os pesquisadores. Os cientistas franceses identificaram uma porção da proteína gp41 de invólucro do vírus agindo sobre um componente da membrana das células, a caveolina, que, com outras substâncias da membrana celular, intervém quando elementos exteriores tentam entrar na célula, como os vírus. Todas as cepas do vírus isoladas possuíam essa porção de proteína de invólucro chamada CBD1 (domínio de ligação com a caveolina). Os pesquisadores imunizaram os coelhos com a ajuda de um produto sintético similar ao CBD1. Testado in vitro, o soro dos coelhos imunizados mostrou-se capaz não apenas de inibir a infecção dos linfócitos pelo vírus da Aids de diferentes subtipos virais, mas também afetou sua reprodução, “levando à produção de agentes infecciosos defeituosos, incapazes de afetar outras células”. O produto sintético parece mais capaz de desencadear a produção de anticorpos que sua forma natural. A idéia seria então injetá-lo em indivíduos saudáveis ou portadores do HIV para que produzam os anticorpos que neutralizam o vírus. Ele poderia, assim, entrar na composição de preparações de vacinas experimentais com objetivos preventivos e terapêuticos para os soropositivos. Fonte: Fenam – Informações do JB Online

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