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Pesquisadores da Califórnia manipularam um gene para criar ratos hipersensíveis à nicotina e descobriram uma molécula responsável pelo vício do tabagismo, informa hoje a revista “Science”. Os ratos geneticamente modificados acusaram o efeito da mais ínfima exposição à nicotina –50 vezes menos do que a taxa de nicotina presente no sangue de um fumante típico. Criada o vício, os animais passaram a manifestar os sinais clássicos da dependência à nicotina, que levam os fumantes a procurar cigarros continuamente. “Comportamentos relacionados com a dependência, como recompensa, tolerância e sensibilização, surgem com intensidade e a partir de doses de nicotina bastante baixas [nos ratos]”, explica o artigo na “Science”. Nos seres humanos, a recompensa chega como um agradável alívio de tensão causado pela libertação de dopamina, calmante desencadeado pela nicotina. A tolerância do corpo à nicotina leva a que se fume mais, enquanto a sensibilização significa desconforto quando não se fuma, explicou Henry Lester, professor de biologia no Instituto de Tecnologia da Califórnia que participou no estudo. As descobertas “não só fornecem provas diretas de como a nicotina provoca dependência, como levantam questões fundamentais sobre a genética do hábito”, escreveram investigadores do Centro Médico Universitário de Genebra, na Suíça, em artigo que acompanha o estudo. Mais de 4 milhões de pessoas morrem anualmente em todo o mundo de causas relacionadas ao tabaco. Tem remédio Se as descobertas feitas nos ratinhos se confirmarem nas pessoas, o estudo pode levar ao desenvolvimento de um remédio capaz de reduzir as pesadas conseqüências físicas e comportamentais do vício à, dizem outros cientistas. As pessoas se tornam dependentes da nicotina quando ela se instala em receptores de neurônios específicos da acetilcolina. É quando a nicotina ocupa esse espaço que se liberta dopamina. Assim, sendo conhecido o local onde se aloja a nicotina, será possível, segundo os investigadores, criar uma substância que possa ocupar esse lugar. Daniel McGehee, neurobiólogo da Universidade de Chicago que estudou outro gênero de receptores sensíveis à nicotina, disse que o estudo era “fantástico”, mas alertou para possíveis inconvenientes de um medicamento desse tipo. Interferir no modo como o organismo sente as recompensas da nicotina pode retirar gosto a experiências tão simples como comer alimentos ou beber água, advertiu. “Essa via não está lá para promover o consumo do tabaco”, afirmou. “Está lá para promover comportamentos saudáveis de que depende a sobrevivência da nossa espécie”. “[Mexer nisso] pode interferir com a nossa capacidade de sentir prazer e alegria em coisas banais, saudáveis”, alerta McGehee. Fumar durante o cafezinho aumenta riscos para o coração Testes feitos pela equipe grega indicaram que o fumo e a cafeína agem de forma combinada, danificando as artérias e o fluxo sangüíneo. Como os cientistas já suspeitavam, a ação conjunta se revelou pior do que a soma dos efeitos de cada substância tomada isoladamente. As conclusões do estudo foram publicadas na revista Journal of the American College of Cardiology. Malefícios do fumo Já havia fortes evidências sobre os malefícios do fumo ao coração, mas os efeitos nocivos da cafeína são menos comprovados. O estudo dos cientistas gregos foi feito em duas fases: a primeira, sobre os efeitos imediatos do fumo e da cafeína em 24 pessoas, e a segunda sobre os efeitos de longo prazo em 160 pessoas. Em cada fase, os pesquisadores avaliaram a rigidez da aorta, a principal artéria do coração, e o fluxo do sangue pelas artérias. Esses dois fatores são indicadores dos riscos de doenças cardiovasculares. Embora o estudo tenha mostrado que as duas substâncias são mais nocivas quando combinadas, os pesquisadores disseram que os efeitos ainda são pouco conhecidos. “Dada a freqüência da combinação do consumo de fumo e cafeína, esses efeitos na função arterial podem ter implicações importantes”, diz o estudo. De qualquer forma, o principal autor do estudo, Charalambos Vlachopoulos, orientou fumantes a não fumarem enquanto consomem café ou outras substâncias que contêm cafeína. Já June Davidson, da Fundação Britânica do Coração, disse que parar de fumar é a medida mais eficaz que alguém pode tomar para não ter problemas do coração. As conclusões dos cientistas gregos, no entanto, foram contestadas pela Associação Britânica de Café. “O nível de cafeína usado (no estudo) foi o equivalente a duas ou três xícaras de café – quantidade que a média da população britânica dificilmente consumiria ao sentar para fumar um cigarro”, afirmou a porta-voz da organização. Segundo ela, o consumo moderado de café é “perfeitamente seguro”. O estudo também despertou uma reações iradas do grupo de defesa dos fumantes Forest. “Cigarros e café são uma combinação clássica, como gin e tônica ou queijo e pickles”, disse o diretor da Forest, Simon Clark. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com Informações da BBC Brasil. Com Informações da Folha de São Paulo.

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