Naquela que foi a eleição mais concorrida na história do movimento médico na Bahia – quase 8 mil médicos exerceram o direito de escolha na capital e no interior –, a Chapa 1 (“Dignidade Médica”) saiu como grande vencedora da disputa pela renovação do corpo de conselheiros do Cremeb nos próximos cinco anos. Com 59% dos votos válidos (4.417), a Chapa 1 derrotou a Chapa 2 (“Muda Cremeb”), que teve 41% da preferência (3.017). Foram três dias de votação na mais absoluta tranqüilidade. Durante o primeiro dia (20 de agosto), a maioria dos profissionais preferiu se dirigir aos hospitais e centros médicos, evitando o deslocamento do local de trabalho. Também nesse dia, foi possível votar no Cremeb, na ABM e no Sindimed. Nos dias 21 e 22 de agosto, a eleição ficou concentrada na sede do Conselho, onde foram disponibilizadas quatro urnas, para não haver tumultos ou grandes filas. Nem mesmo a chuva que caiu em Salvador durante o último dia prejudicou o processo. Mais de 2 mil eleitores passaram pela sede do Cremeb nos três dias. No interior, cerca de 1600 médicos compareceram às delegacias regionais. Fiscais das duas chapas estiveram presentes em todos os locais de votação a fim de garantir a lisura do pleito. Ao todo 58 urnas foram utilizadas nas eleições 2003 do Cremeb. Os votos começaram a ser apurados logo após o encerramento da votação. A Comissão Eleitoral, presidida pelo médico Roque Andrade, assessorado por dois secretários (Ernane Gusmão e Roberto Sampaio), trabalhou toda a noite com o setor de informática do Cremeb. Pela Internet, conectando-se ao site do Conselho, foi possível acompanhar as parciais. Durante a madrugada, os votos já haviam sido totalizados e o resultado pôde ser conhecido.