O CFM lançou no início de julho, em Rondônia, o livro Os Estudantes de Medicina e o Ato Médico- Atitudes e valores que norteiam seu posicionamento. O evento ocorreu na capital e foi organizado pelo Conselho Regional. Edson de Oliveira Andrade, presidente do CFM, justificou a escolha de Rondônia para o lançamento face a importância do curso de Medicina para a Região Norte, além de uma retribuição ao trabalho que o médico Hiran Gallo, também conselheiro do CFM, vem realizando, em Brasília, pela classe médica rondoniense. Genário Alves Barbosa, um dos autores do livro, explicou todo o trabalho que desenvolvido junto aos acadêmicos de dezenas de universidades médicas para que a pesquisa fosse realizada. “Realizamos um trabalho exaustivo, mas gratificante. Temos certeza que os médicos do Brasil terão um documento dos mais importantes para saber o que os jovens acadêmicos pensam sobre o ato médico”, disse. O conselheiro Alceu Pimentel, também autor do livro e integrante da Comissão Nacional em Defesa do Ato Médico, assinalou que a pesquisa ajudou a desmistificar a idéia de que os estudantes de Medicina seriam contrários ao projeto de Lei do Ato Médico. O que pensam os estudantes? Em outubro de 2003 o Conselho Federal realizou a pesquisa que envolveu 1.337 estudantes do segundo e quinto anos de Medicina, de estabelecimentos de ensino superior privados e públicos. Os resultados desta pesquisa deram origem ao livro. Como resultado final, verificou-se que os estudantes do quinto ano, ligados a escolas médicas públicas, apresentam as atitudes mais favoráveis ao projeto de Lei do Ato Médico. Nada menos do que 81,5% dos estudantes concordam que o projeto de lei serve para evitar que não-médicos enganem a população. Esta atitude reforça o seu caráter social, pois ao regulamentar a profissão possibilita, também, que a sociedade seja protegida da ação de quem não esteja devidamente capacitado e habilitado para exercer o ofício de médico. A maioria dos entrevistados entende que o diagnóstico das doenças e o tratamento dos doentes são tarefas exclusivas de médicos.