Representando o Conselho Federal de Medicina, o conselheiro Dardeg Aleixo esteve reunido nesta semana com representantes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para discutir a pretenção da instituição de gravar voz e imagem dos pacientes durante os exames médicos periciais. A sugestão foi feita pela Associação dos Peritos Médicos da Previdência Social que justificou como motivos para a implantação da gravação a inibição agressões aos médicos peritos, que a gravação serviria como prova de defesa em favor do médico em caso de lide na justiça e como prova de que o exame médico pericial se realizou de maneira correta; assim o órgão teria possibilidade de monitorar o trabalho médico. O CFM lembra que a confidencialidade, a privacidade e o segredo médico são direitos garantidos em Lei e que a perícia realizada pelo médico do INSS é um ato médico, estando, portanto o perito sob as normas do Código de Ética Médica, e que veda tais ações. “O CFM não vê nestes motivos expostos qualquer justificativa convincente ou plausível para permitir a gravação de imagem e voz dos pacientes durante o exame médico pericial”, manifestou Aleixo. Ouça aqui a entrevista