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A trajetória do colaborador João Negreiros foi marcada por intensa atividade artística. (Foto: Satiro Valença)

É com pesar que o Conselho Federal de Medicina (CFM) comunica o falecimento de João Batista Cavalcante de Negreiros, que há 24 anos integrava o quadro de colaboradores da entidade.

Nascido em Brasília (DF), em 23 de junho de 1964, Negreiros era Bacharel em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (FADM) e, no CFM, desempenhava a função de assistente administrativo.

No CFM, era reconhecido pela dedicação ao trabalho e companheirismo expresso em todos os momentos. A Associação de Funcionários (ASCFM) divulgou nota onde também manifesta sua solidariedade e pesar pela perda: “Ninguém morre, enquanto permanece vivo no coração de alguém”, lembram os colegas de Negreiros.

O presidente em exercício do CFM, Carlos Vital, também lamentou a morte de João Negreiros e enviou – em nome da entidade, seus conselheiros e funcionários – condolências a sua família, aos seus amigos e seus companheiros da vida artística.

O sepultamento ocorreu na terça-feira (18), no cemitério Campo da Esperança, em Brasília. A missa de 7º dia será realizada neste sábado (22), na Igreja São Paulo Apóstolo, localizada no Guará I (DF).

Dedicação às artes –  A trajetória de Negreiros foi marcada por intensa atividade artística na Cia Alaya Dança, composta por atores e bailarinos. Ingressou no grupo em 1990, trazido por uma professora da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.

Participou do primeiro espetáculo do Alaya dois anos depois e nunca parou. Segundo Lenora Lobo, criadora da Cia, Negreiros participava ativamente de todas as produções, tanto como intérprete como criador.

Em 1998, João Negreiros faz a primeira criação coreográfica em um solo chamado “Marcas” que recebeu vários prêmios pelo Brasil, inclusive O artista atuava desde 1990 em uma companhia de dança de Brasília       (Foto: Mila Petrillo)da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), se apresentando em vários festivais.

O último solo do artista recebeu o nome de “Estrada Griô” e foi dirigido por Hugo Rodas em 2008. Negreiros participou ainda do espetáculo dos 20 anos da companhia, em 2012, chamado “Alaya Dança Vinte Em Cantos”. Sua última mostra foi “Endereço Im-permanente”, em setembro de 2010. Estava se preparando para uma turnê com “Estrada Griô”.

A seguir reproduzimos um texto-homenagem de Lenora Lobo, diretora do Alaya Artes:

 


João, Batista de nascimento


Nascido no seio de uma família nordestina em 23 de junho, sob a regência do fogo e da luz presentes nas festas que se comemora o São João, Negreiros carregou em sua estrada o carisma e alegria dos brincantes de nosso rico imaginário popular.

Se encontrou comigo e o Alaya Dança há vinte dois anos atrás, trazido por sua professora de teatro Azize Medeiros e sua grande amiga Dora Rocha. De ator vai se tornando dançarino, e num passe de mágica se arrisca a dividir o palco com o Alaya, ainda com certa insegurança, mas com a determinação e o desejo que guiam a carreira de um artista.

O Método Teatro do Movimento, foi se inscrevendo nele às avessas, do palco para sala de aula, da emoção para consciência, da palavra para a dança. Atrás de sua musculatura rígida e tensa, um cristal. Atrás de sua insegurança uma determinação, atrás de sua dor uma poesia, um humor.

Assim Negreiros foi se jogando de corpo e alma na dança que para ele também é teatro. De cria, aluno, artista, também se torna parceiro e em especial, um grande amigo, uma luz.

Sua estrada de 20 anos ininterruptos de atuação no cenário da dança, foi brilhante. Carismático por essência, se tornou um artista singular. Popular e contemporâneo, grotesco e refinado, liberado e contido, uma pedra e um trovão. Atrás de seu couro duro se escondia uma pessoa doce e sensível, atrás da sua força desenfreada, uma busca  incessante pelo amor e pela verdade.

Para João, nunca houve tempo ruim, e como todo bom brasileiro, sempre transformou a tristeza em alegria, dia e noite, noite e dia, guerra e ódio vira amor…

Eh meu João… viemos aqui de coração e te trazemos muita gratidão…

Assim cantava tua querida amiga Aida no refrão de nosso Matracar, assim continua a cantar todo Alaya Dança em profunda gratidão.

Que a luz de São João e a mão amorosa de Jesus, sejam teu guia nesta nova estrada, novo aprendizado, novo espaço.

Hoje mais uma estrela brilha no céu, olha lá o João, Batista de nascimento.

Grata pelo caminho compartilhado e por tudo que aprendi contigo… tuas Marcas arteiras ficaram eternamente em nossos corações.

Lenora Lobo (Brasilia, 17 de setembro de 2012).

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