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A partir de 30 de julho, o atendimento por guia será suspenso por tempo indeterminado aos usuários da Golden Cross e das seguradoras de saúde, como Sul América, Bradesco, AGF, Porto Seguro, Marítima, entre outras, em todo o Estado de São Paulo. A decisão foi tomada em assembléia na noite desta terça-feira (20 de julho), quando mais de 800 médicos enfrentaram a garoa paulistana e o frio de 12 graus para lotar o auditório maior do Hotel Renaissance. Nesses dez dias, a Comissão Estadual de Honorários Médicos e outras lideranças da Associação Paulista de Medicina (APM), do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) se reunirão com os diretores clínicos e comissões de ética dos hospitais, com as Sociedades de Especialidade e com os órgãos de defesa do consumidor para organizar a suspensão do atendimento por mais de 85 mil profissionais no Estado. As entidades paulistas enviarão correspondência a todos os médicos, até o dia 30, explicando as decisões e como funcionará o sistema de reembolso, em que os profissionais cobrarão diretamente dos usuários os valores da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e fornecerão recibos para que os pacientes possam buscar o ressarcimento junto às empresas. Outras medidas aprovadas são a criação de cooperativas de especialidade para reforçar a mobilização e a adoção de tarjas indicando a participação no movimento.Os resultados serão avaliados em nova assembléia, no dia 17 de agosto, às 20h, no Centro de Convenções Rebouças. Os profissionais não descartam a possibilidade de estender as medidas a outras operadoras. “Temos o direito de exigir respeito à boa medicina, ao médico e ao paciente”, afirmou o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Eleuses Vieira de Paiva. “Nenhum dono de banco dirá o que devemos prescrever e quais exames podemos solicitar”, garantiu. O presidente do Cremesp, Clóvis Constantino, destacou a força do movimento no ABC, no interior e na Baixada Santista, que já suspendeu o atendimento às seguradoras em 1º de julho. “A implantação da CBHPM no Estado será regional e progressiva”, disse. Segundo o presidente da Federação dos Médicos de São Paulo (Femesp), Marcelo Quinto, “São Paulo mais uma vez vai dar o exemplo”. De acordo com decisão da assembléia histórica de 1º de julho, quando o Estado aderiu ao movimento, as seguradoras e as operadoras de planos de saúde tinham até 15 de julho para se posicionarem a respeito da implantação da CBHPM, prazo estendido até o início da assembléia de ontem. Das mil cartas enviadas por duas vezes às empresas, em que as entidades médicas solicitavam o início das negociações, apenas cinco foram respondidas (Ômega Saúde, Royal Saúde, Saúde União, Saúde ABC e Unimed Santos), o que causou indignação entre os médicos presentes à assembléia. A Unimed e o Grupo Unidas já demonstraram interesse em fechar acordos com os médicos em nível nacional, conforme relatou o presidente da AMB. Nos próximos dias, representantes das Unimeds de São Paulo devem se reunir com as entidades médicas para estabelecer o cronograma de implantação da CBHPM. FONTE: AMB

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