Cerca de 400 médicos da Baixada Santista participaram da passeata em prol da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) em Santos na manhã da última terça-feira, dia 22. Os médicos ocuparam as avenidas do Gonzaga, bairro no qual ocorrem as tradicionais manifestações da Cidade e onde está localizada a Associação dos Médicos de Santos (AMS), ponto de partida da passeata. O movimento foi organizado pela Comissão Regional de Implantação da CBHPM na Baixada Santista, representada pela AMS, Sindicato dos Médicos da Baixada Santista e Conselho Regional de Medicina (CRM). Antes da passeata, os médicos estenderam faixas nos semáforos próximos à AMS com o intuito de conscientizar a população. Famílias de médicos e estudantes de Medicina também compareceram à manifestação. Os pacientes usuários de planos de saúde receberam panfletos das mãos dos médicos sobre os motivos das reivindicações da categoria. A mensagem foi reforçada durante toda a passeata pelos integrantes do movimento que falaram ao microfone. A comunidade se mostrou sensibilizada com a situação. Um dos pontos altos da passeata foi o encontro da classe médica com a bancária na Praça Independência, referência do bairro. As duas categorias criticaram a forma como agem as seguradoras de saúde. O término do ato público aconteceu na Praça das Bandeiras, na orla da praia do Gonzaga. Os representantes das entidades médicas que participaram da passeata fizeram um balanço positivo do ato público. “Foi espetacular. A manifestação mostra que os médicos da região estão dispostos a mudar a situação atual. Também foi bom para esclarecer a população sobre os bastidores da saúde”, conta o presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), José Luiz Gomes do Amaral. “O movimento não encerra com esse ato, que compromete os médicos da região numa campanha que já vislumbramos vitoriosa. Apesar das perspectivas de aprovação das leis estadual e federal, a mobilização deve continuar”, enfatiza o integrante da Comissão Regional e representante da Associação Médica Brasileira (AMB), George Bitar. “O médico da Baixada Santista se fez presente apoiando o movimento. O CRM apóia essa luta, que visa melhorar o atendimento à população. Vale lembrar que estão previstas punições para os colegas que ‘quebrarem” o movimento”, diz o delegado regional do CRM, Celso Nogueira. “O ato público foi o compromisso das entidades e médicos de que a conscientização deve continuar até a implantação efetiva da CBHPM”, ressalta o presidente da Associação dos Médicos de Santos (AMS), Percio Benitez. “Essa manifestação é motivo de orgulho para a classe médica. Nunca tantos médicos se reuniram na Cidade para fazer reivindicações”, lembra o presidente do Sindicato dos Médicos da Baixada Santista, Octacílio Sant’Anna Júnior. FONTE: Comissão de Implantação da CBHPM/Baixada Santista