As mais importantes sociedades de Cardiologia do mundo divulgaram hoje (30/11), a Carta do Rio, um documento de cinco páginas que estabelece a estratégia das campanhas de prevenção cardiovascular cujo objetivo é reduzir em 25% a mortalidade até o ano 2025.

Assinado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, pela Sociedade Interamericana de Cardiologia, pela American Heart Association, pela European Society of Cardiology e pela World Heart Federation, o documento estabelece que as sociedades de especialidades médicas devem promover em todo o mundo campanhas para controlar sete fatores de risco cardiovascular.

O objetivo é reduzir em 10% a prevalência do sedentarismo nos adultos acima de 18 anos, 25% de redução na prevalência da pressão alta, entendida como maior que 14 por 9, limitar a ingestão de sal a menos de 5 gramas diárias, o correspondente a 2000 mg de sódio, redução da prevalência do tabagismo em 30%, diminuir a ingestão de gorduras saturadas em 15%, sustar o aumento dos níveis de obesidade, reduzir em 10% o consumo excessivo de álcool, reduzir em 20% o nível de colesterol total na população, disponibilizar medicamentos para 50% da população para a qual são recomendadas drogas para prevenir ataques cardíacos e derrames e disponibilizar medicamentos, inclusive genéricos, para pelo menos 80% da população que precisa deles, na rede privada e pública. A propósito, esse item é atendido pelo Brasil que, através do SUS, já disponibiliza medicamento de uso contínuo para 100% dessa população, hipertensos e diabéticos, entre eles.

A preocupação dos cardiologistas é a mesma da Organização Mundial da Saúde, que recentemente anunciou que a cada ano estão morrendo 17,5 milhões de pessoas pelo que define como “doenças não transmissivas crônicas degenerativas”, as principais das quais são o infarto, os acidentes vasculares cerebrais e arritmias. Ainda segundo a OMS, essas doenças fazem com que grande número de pessoas venha a falecer com menos de 60 anos, quando mesmo em muitos países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, a expectativa de vida é em torno de 76 anos.

A grande novidade da Carta do Rio é o enfoque na prevenção de doenças cardíacas, através do controle dos fatores de risco, ao invés do foco tradicional, de tratar os pacientes depois que a doença cardiovascular se manifesta. “Precisamos impedir que as pessoas fiquem doentes do coração, e não apenas tentar curá-las depois que sofrem de uma cardiopatia”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Jadelson Andrade.


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Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

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