As entidades médicas nacionais vêm a público para denunciar a grave realidade que atinge a saúde no país. Trata-se da dramática situação decorrente do histórico descaso das autoridades competentes, que se esquivaram de intermediar relações dos médicos com os convênios e seguradoras, dominando o mercado sem oferecer atendimento adequado à população. Por economia, recusam-se a adotar os novos avanços introduzidos Medicina, privando a população destes benefícios. Esta situação dramática traduz também pelo fechamento de consultórios, clínicas e hospitais, que há nove têm sua remuneração congelada. Ainda assim, inexplicavelmente, durante tempo, as operadoras de Planos de Saúde apresentaram, em suas planilhas, custo médico como um dos responsáveis pelo aumento das mensalidades dos planos. Esse quadro poderia ser minimizado ou resolvido se o Ministério da Saúde Agência Nacional de Saúde Suplementar, órgãos responsáveis pela regulamentação dessa área vital para a saúde de quase 40 milhões de brasileiros, se omitissem na implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada Procedimentos Médicos. É preciso que o atual governo, eleito para mudanças, rompa com este estado vicioso sob pena de se tornar igualmente responsável pelo que se instalará no setor. Esta preocupação já foi expressa em recente encontro dos representantes médicos com o Ministério da Saúde e a ANS. A Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos é um trabalho sério realizado pelas Entidades Médicas em conjunto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, FIPE, contemplando todos os procedimentos médicos que, uma vez disponibilizados, proporcionarão grande melhoria atendimento da saúde da população. Este trabalho, afirmamos, é um serviço dos médicos brasileiros para o nosso povo. Esperamos que, frente à gravidade do caso, o Excelentíssimo Presidente República tome as devidas providências para sanar esta situação. Conselho Federal de Medicina Associação Médica Brasileira Federação Nacional dos Médicos Confederação Médica Brasileira