Os médicos da rede pública estadual de saúde podem cruzar os braços a partir do dia 10. A informação foi dada pelo presidente do sindicato da categoria, Antônio Jordão, depois de uma vistoria feita pela entidade e pelo Conselho Regional de Medicina (Cremepe) nas grandes emergências da capital. Em campanha salarial, os médicos do estado reivindicam reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho. De acordo com Jordão, os profissionais da rede estadual já pensam em um movimento orquestrado de entrega coletiva de cargos. Já o presidente do Cremepe, Carlos Vital, criticou duramente as condições das grandes unidades de saúde da capital. “Constatamos que os hospitais do estado não podem ser chamados de hospitais, mas de serviços de campanha em uma realidade de guerra civil. Chegou o momento de denunciar o caso a entidades internacionais”, assinalou. As informações foram repassadas durante entrevista coletiva na sede do Cremepe na manhã desta quarta-feira (02.07). Na vistoria feita pelas entidades, foi verificada a superlotação na emergência do Hospital da Restauração, que abrigava três vezes mais pacientes do que sua capacidade, além de um excedente de 100 pacientes na urgência do hospital Getúlio Vargas, que comporta 60 doentes. Na unidade, também foi constatada a presença de 70 pessoas necessitando de cirurgias urgentes, que não foram realizadas por conta da grande demanda. Fonte: Cremepe
Caos nas emergências de Pernambuco
02/07/2008 | 03:00