Política Nacional Anti-drogas, estabelecimentos que fazem internação compulsória, ensino e responsabilidade do Psiquiatra foram alguns dos temas discutidos na reunião da Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Federal de Medicina (CFM), realizada nesta terça-feira (13), na sede da entidade. Os resultados do Fórum “Câmara Técnica de Psiquiatria Integração CFM x CRMs”, ocorrido em Brasília dia 17 de março, também estiveram na pauta de discussões. Na avaliação dos membros da Câmara Técnica, o evento ofereceu elementos para nortear a elaboração de algumas propostas do CFM, especialmente em relação à Política Nacional Anti-drogas. Foram analisados os temas tratados no Fórum e estabelecidas metas a serem alcançadas pela Câmara para que alguns temas sejam apresentados ao pleno nacional da entidade. O coordenador dos trabalhos e 3º Vice-presidente do Conselho, Emmanuel Fortes, ressaltou alguns posicionamentos da Câmara, como a postura contrária à qualquer forma de liberação de substâncias psicoativas ilícitas e o engajamento para que o governo adote políticas mais rigorosas no controle de sustâncias legalizadas, como por exemplo, o álcool. Outro ponto enfatizado foi a “discussão sobre política pública na área de Psiquiatria, como o funcionamento de estabelecimentos que fazem internação em tempo integral ou parcial de pacientes, com a utilização de medicamentos durante a internação. “A tendência da Câmara Técnica é estabelecer regras que obriguem esses estabelecimentos para internação psiquiátrica a terem médicos plantonistas 24 horas por dia”, explica. Os membros da Câmara Técnica também discutiram o ensino na graduação e residência médica em Psiquiatria, especificamente regras para o funcionamento seguro desses locais de ensino, e a situação dos doentes mentais que estão nas ruas. Segundo Emmanuel Fortes, “é preciso que haja políticas públicas de saúde que estabeleçam critérios para tratar essa população.” A próxima reunião da Câmara Técnica de Psiquiatria está marcada para o dia 13 de maio.