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SÃO PAULO – O Instituto Butantan vai começar a produzir no ano que vem uma vacina contra a infecção por rotavírus, que ataca crianças e provoca diarréia, febre e, em alguns casos, vômitos. O produto deverá chegar ao mercado em 2007 e será incluído no calendário de vacinação infantil. O acordo que permitirá a fabricação em escala industrial será assinado nesta quarta-feira com os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (conhecidos pela sigla em inglês NIH), dos Estados Unidos, pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. No mundo são registrados por ano 135 milhões de casos infecções infantis pelo rotavírus – e 600 mil dessas crianças morrem. A doença é mais grave em bebês com menos de seis meses de vida. Serão produzidos 10 milhões de doses de vacina por ano no instituto, quantidade suficiente para atender toda a demanda nacional. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, o excedente poderá ser vendido para outros países. A estimativa é que o custo da vacina produzida no Brasil seja cinco vezes menor do que as vacinas disponíveis no mercado, que não cobrem todos os sorotipos prevalentes no país. O diretor-presidente da Fundação Butantan, Isaías Raw, informou que o investimento na produção da vacina no Brasil é de cerca de R$ 10 milhões, dos quais R$ 5 milhões a R$ 6 milhões virão do Ministério da Saúde. Raw explicou que a vacina a ser produzida no Brasil é a nova geração desenvolvida pelos NIH e combina vírus bovino e humano. Segundo ele, não serão necessários testes em larga escala, pois ela será ministrada em duas doses entre o 15º e o 30º dia de vida dos recém-nascidos, o que elimina o risco de obstrução intestinal, como ocorreu em testes de um outro produto feitos nos Estados Unidos por um laboratório privado. – Um teste em larga escala é caro e inútil no caso da vacina do rotavírus. O objetivo é evitar as mortes de crianças de até seis meses de vida e a superlotação de pronto-socorros. Nas primeiras semanas de vida os bebês não têm risco de obstrução intestinal – explicou. Raw afirmou que a vacina no Brasil será gratuita e a produção será adquirida pelo Ministério da Saúde. Nascem por ano no país perto de 3,5 milhões de crianças, o que significa que serão necessárias cerca de 7 milhões de doses do produto. Segundo ele, vacinas vendidas por laboratórios privados custam, nos Estados Unidos, perto de US$ 25 a dose, o que significa que chegariam ao Brasil por cerca de R$ 75. Com esse acordo com os NIH, o custo ficará próximo a US$ 5, o que permitirá a distribuição pública e gratuita. – Vamos receber as cepas e os reagentes, além de assistência técnica e científica. Os royalties serão de cerca de 5%, durante sete anos. Apenas Brasil, Índia e China terão este tipo de acordo, por serem países de grande população e em desenvolvimento – afirmou. Fonte: O Globo Online

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