Nova York – Uma das gigantes da indústria farmacêutica do mundo, a Bayer, é acusada de vender para a América Latina e Ásia um remédio que representava um alto risco para pacientes hemofílicos de contraírem aids, apesar de distribuir para Europa e EUA uma versão alterada e mais segura do produto. A denúncia é apresentada hoje pelo jornal The New York Times e foi confirmada por documentos obtidos pelo jornal. O mercado no entanto não se abalou. As ações da Bayer AG caíam cerca de 0,2% em Nova York. “É impossível julgar um fato que aconteceu há vinte anos atrás”, disse um analista à Dow Jones. “Não há uma companhia na indústria química que não esteja envolvida em algum processo, especialmente nos EUA”. As instituição de justiça norte-americanas costumam funcionar bem diante de um risco à saúde pública ou em defesa do consumidor. Assim, a Cutter Biological, divisão farmacêutica da Bayer, lançou em 1984 uma versão alterada e mais segura do medicamente que era comercializada em países da Europa e nos EUA. Mas, para tentar se livrar dos estoques, a Cutter continuou vendendo a versão antiga e letal do produto para países da Ásia e para a Argentina. Além de desaguar os estoques, mesmo após um ano vendendo o produto para o mercado interno, a Cutter continuou produzindo a versão antiga do medicamento. Segundo o jornal nova-iorquino, um telex da Cutter para um distribuidor sugere que a companhia tinha contratos com preços fixados e perderia dinheiro caso trocasse a versão do produto. Ainda segundo o Times, Somente em Hong Kong e Taiwan, mais de 100 hemofílicos foram contaminados pelo vírus da aids. Muitos já morreram. Após 1984, ano em que EUA e Europa receberam os lotes do medicamento alterado, a Cutter continuou a produzir e vender o velho medicamento para a Malásia, Cingapura, Indonésia, Japão e Argentina. O Fator VIII, princípio do medicamento, tem o poder de deter hemorragias, letais para os hemofílicos e é produzido a partir de plasma humano. Em um comunicado distribuído pela Associated Press, a Bayer disse que atuou com “responsabilidade, ética e humanidade” durante a década de 80. Segundo a Bayer, a Cutter continuou vendendo a versão anterior da droga porque alguns clientes duvidavam da eficácia da nova droga e também porque alguns países eram lentos para aprovar o novo produto. “As decisões tomadas há mais de duas décadas foram baseadas nas melhores informações da época”, disse a Bayer no comunicado. No entanto, segundo o Times um alerta de 1983 do Centro de Prevenção de Doenças de Atlanta disse que alguns medicamentos produzidos a partir de plasma de sangue “parecem ser responsável por aids em hemofílicos”.

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