Um novo equipamento pode ajudar a amenizar o sofrimento das mulheres na detecção do câncer de mama. É a mesa de estereotaxia digital, que promete proporcionar maior conforto às mulheres e mais segurança ao médico, minimizando a possibilidade de ocorrer um mal-estar devido ao descontrole emocional das pacientes. Até então, no método tradicional, as pacientes acompanhavam todo o procedimento sentadas visualizando agulhas, o que, muitas vezes, comprometia o exame. Descobrir um nódulo nos seios significa, para muitas mulheres, tensão, dúvida e uma cansativa bateria de exames. Para Eleonora Gomes Bernardes, 58 anos, casada e mãe de uma filha adolescente, não foi diferente. Ao notar um caroço em seu seio direito, procurou um médico que lhe encaminhou para diversos exames e, por fim, recomendou a biópsia para a comprovação de um possível câncer na mama, um mal que atinge a mais de 28 mil mulheres por ano só no Brasil. Para amenizar esse sofrimento, existe atualmente uma tecnologia ultra moderna no campo da biópsia do câncer de mama que auxilia na localização pré-operatória, com precisão milimétrica: a mesa para estereotaxia digital. De todos os passos para detectar um câncer, a biópsia costuma ser o mais sofrido e invasivo. A grande vantagem da mesa para estereotaxia digital é diminuir o estresse e a ansiedade das pacientes que se submetem à biópsia na mama. “No método convencional, a paciente fica sentada e assiste a todo o procedimento. Muitas vezes, é preciso suspender o exame em função do descontrole emocional das pacientes. Com essa mesa, a paciente fica confortavelmente deitada, sem ter contato visual com o procedimento”, revela o diretor do Centro de Mastologia do Rio de Janeiro, Celestino Oliveira. O centro é uma das poucas instituições no Rio de Janeiro a dispor do equipamento. Segundo o especialista, essa tecnologia ainda chega ao Brasil com um custo muito elevado; cada mesa custa cerca de U$$ 360 mil. Mas o investimento é compensado não só pelo conforto que proporciona à paciente, mas também pela segurança que oferece ao médico. “O moderno sistema de localização de lesões do equipamento permite aos médicos trabalhar de maneira mais rápida e segura. É possível ter um acesso de 360 graus às mamas da paciente, o que facilita muito o manuseio da lesão. Utilizando o sistema mais avançado de agulhas de biópsia e a perfeição da leitura digital de imagem diretamente do monitor, é possível abordar a lesão enquanto ela ainda não é palpável”, explica Celestino. Ele faz questão de lembrar que a forma mais eficiente de se prevenir e controlar o câncer de mama é através da detecção precoce. Para isso, é necessário que a mulher se submeta a exames clínicos e à mamografia uma vez por ano, a partir dos 40 anos. Caso já existam casos de câncer na família, é recomendável que a mulher comece a fazer os exames a partir dos 35 anos. Fonte: FENAM (Com informações da SB Comunicação)