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Conselho Federal de Medicina

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“É com grande honra que represento o Conselho Federal de Medicina nesta solenidade de abertura de um evento que coloca o nosso País, e sua capital, Brasília, definitivamente no radar dos maiores especialistas que se dedicam ao estudo dos temas que aqui abordaremos. Ao abrir as portas da Casa do Médico Brasileiro, selamos publicamente – mais uma vez – o compromisso destes profissionais com os princípios éticos e bioéticos que orientam a medicina”. Assim o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, abriu a 16ª Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito Médico.

ACOMPANHE A 16ª CONFERÊNCIA MUNDIAL DE BIOÉTICA

Realizado pela primeira vez nas Américas, o encontro reuniu, na cerimônia de abertura, expoentes estrangeiros, como a presidente e o secretário-Geral da Associação Médica Mundial (WMA), respectivamente, Lujain Al-Qodmani e Otmar Kloiber; o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OPAS), o brasileiro Jarbas Barbosa, e o professor Rui Nunes, presidente da Cátedra Internacional de Bioética.

“O CFM é uma das maiores, senão a maior, estrutura médica organizacional no mundo com intervenção disciplinar e deontológica. É também uma organização dedicada à pesquisa, investigação e ensino de ética e bioética há muitos anos no mais alto nível”, afirmou Rui Nunes. Autoridades brasileiras também se fizeram presentes.

Na mesa de abertura, estiveram o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin; o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; e o senador Hiran Gonçalves, presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina (FPMed). A 16ª Conferência acontece na sede do CFM, em Brasília (DF), nos dias 24, 25 e 26 de julho.

Honra – Na cerimônia, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou ser uma honra para a classe médica nacional e para o Brasil receber esta conferência. Abordando em sua exposição pontos da estrutura dos sistemas de saúde e os problemas globais, incluindo epidemias e pandemias, bem como mudanças demográficas, etárias e tecnológicas que devem ocorrer dentro de padrões éticos e bioéticos, ele considera esse contexto um desafio maior.

Por sua vez, o senador Hiran Gonçalves fez um reconhecimento público ao trabalho que Alckmin desempenhou na reestruturação da paridade na Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e pontuou que a 16ª Conferência é um marco no avanço e na defesa da dignidade e da equidade humana.

Professor Rui Nunes na abertura da Conferência

“A tecnologia redefine parâmetros e a medicina, em especial, vivencia desafios éticos que se apresentam em temas como pesquisa com seres humanos, biodireito, terminalidade da vida. Esta conferência nos trará uma experiência com diversidade e perspectivas a fim de construir conhecimentos e fortalecer laços globais em prol de um futuro mais ético e saudável para todos”, afirmou o senador, que se comprometeu em levar ao Congresso Nacional “propostas para avançarmos em um marco legal da bioética em saúde”.

Participações – Para Lujain Al-Qodmani, presidente da WMA, o mundo testemunha “violações contínuas do direito à saúde e leis humanitárias, juntamente com ataques aos sistemas de saúde que minam nossa capacidade de cumprir nossas obrigações éticas com os pacientes em várias regiões”. Segundo ela, além disso, a crise climática e a necessidade urgente de estruturas éticas robustas durante pandemias, conflitos e outras emergências são preocupações urgentes.

Lujain pontuou ainda que a WMA iniciou atualizações significativas para abordar em seus documentos questões contemporâneas, como o respeito à autonomia, o respeito entre profissionais de saúde e “enfatizamos também a necessidade de os médicos priorizarem sua própria saúde, reconhecendo que o nosso bem-estar é fundamental para a qualidade do cuidado que oferecemos”. De modo complementar, Otmar Kloiber considerou o encontro uma importante plataforma para discutir “nosso trabalho, a nossa função como WMA bem como para compartilhar experiências e avançar”.

Finalizando as participações na mesa de abertura, Jarbas Barbosa, diretor da OPAS, destacou que a entidade “compromete-se com o avanço da Bioética desde 1993, quando nosso programa regional de Bioética foi criado a pedido de nossos estados membros dez anos antes de a Organização Mundial da Saúde criar sua unidade de Ética. Hoje, temos orgulho de ser a única região da OMS que possui um programa regional de bioética. A OPAS tem um mandato específico de seus estados membros para integrar a ética em todas as nossas áreas de trabalho. Com base nesse mandato, os pilares do nosso trabalho sobre bioética são a pesquisa e a ética em saúde pública”.

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