Ato Médico Livro do CFM é lançado na Universidade de Cuiabá Hoje, 30, às 19h30, o presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM- acadêmicos de Medicina da Unic para apresentar e distribuir o livro de autoria do MT), Alberto Carvalho de Almeida, e os médicos Natasha Slhessarenko e Manoel Garibaldi, membros da Comissão Estadual em Defesa do Ato Médico, participam de encontro com os Conselho Federal de Medicina (CFM) “Os Estudantes de Medicina e o Ato Médico”. O evento será no Campus Beira Rio da Unic. O livro organizado pelos conselheiros Alceu José Peixoto Pimentel, Edson de Oliveira Andrade, presidente do CFM e Genário Alves Barbosa, é fruto de pesquisa realizada em outubro de 2003 entre 1.337 estudantes do segundo e quinto anos de Medicina, nos estabelecimentos de ensino superior privados e públicos. O objetivo foi mostrar o que pensam os estudantes de Medicina a respeito do projeto de Lei do Ato Médico. Foram selecionadas duas unidades de ensino em cada região. Na região Norte, 235 estudantes responderam ao questionário; na Nordeste, 365; na Centro-Oeste, 240; na Sudeste, 205 e na região Sul, 292. Como resultado final verificou-se que os estudantes de Medicina do quinto ano, ligados a escolas médicas públicas, apresentam as atitudes mais favoráveis ao projeto de Lei do Ato Médico. Os 1.337 estudantes participantes da pesquisa responderam voluntariamente ao questionário, com 14 itens, que buscava conhecer suas atitudes frente ao projeto de Lei do Ato Médico. Suas idades variaram entre 18 e 42 anos, com média geral de 22 anos. Houve pequeno predomínio de respondentes do sexo feminino (50,5%). A maioria estudava em escolas públicas (68,6%), cursava o segundo ano do curso de Medicina (63,6%) e tinha, ao menos, um médico entre seus familiares próximos. As atitudes dos estudantes de Medicina frente ao projeto de Lei do Ato Médico mostraram-se predominantemente positivas (91%), não constituindo tentativa de elitizar a profissão médica frente às demais (64,6%). A segurança à população é reafirmada quando 89% dos estudantes afirmam que o projeto de lei garante que os pacientes não serão expostos a graves riscos nas mãos de pessoas não habilitadas; e 89,7% dos entrevistados concordam com o fato de que o projeto é uma reivindicação de segurança do paciente e da sociedade em geral. 94,3% dos estudantes consideram o PLS 25/2002 como uma forma justa de regular o exercício profissional do médico, enquanto 72,8% pensam que o projeto de lei representa a defesa dos médicos frente a invasões de outros profissionais no seu campo de atuação. 62,5% dos entrevistados não consideram o projeto de lei como uma reivindicação de poder dos médicos; e 90,9% não concordam que desrespeite as demais profissões da saúde. 84,8% dos estudantes consideram que o projeto não rompe com a multiprofissionalidade, característica de fundamental importância para os serviços de saúde. A imensa maioria dos entrevistados entende que o diagnóstico das doenças e o tratamento dos doentes são tarefas exclusivas de médicos. 80,4% dos estudantes apontam o projeto como o instrumento hábil para definir o profissional mais capacitado para realizar o diagnóstico das doenças e seu respectivo tratamento. Outro dado importante é que 63,1% dos estudantes de Medicina consideram o projeto de Lei do Ato Médico como uma forma de se evitar que os gestores diminuam os recursos da assistência à saúde da população, substituindo o trabalho do médico pelo de não-médicos.
Ato Médico – Livro do CFM é lançado na Universidade de Cuiabá
30/09/2004 | 03:00