A Câmara Técnica de Medicina Aeroespacial trabalha em documento que contemple o mínimo a ser exigido em um atendimento ético da medicina em aeronaves. A medida servirá de subsídio do departamento de fiscalização do Conselho Federal de Medicina (CFM) e contribuirá para melhorar a segurança de passageiros e tripulantes.
Segundo o coordenador da CT e conselheiro federal, Frederico de Mello, a medicina aeroespacial é um assunto novo e em ascensão. “Queremos regulamentar o exercício de uma medicina segura para aqueles pacientes que precisam viajar doentes”, apontou.
Em reunião realizada nesta terça-feira (14), em Brasília, o grupo ainda analisou questionamentos relacionados às orientações éticas no acompanhamento de pacientes e à identificação e combate aos problemas de saúde que afetam aeronautas e aeroviários.
O grupo quer iniciar um debate sobre complicações e emergências médicas que ocorrem durante o voo. “Uma emergência aeroespacial é totalmente nova para o profissional. Nem sempre os médicos estão capacitados para isso, pois também são passageiros comuns e às vezes não estão preparados para o atendimento. Além do ambiente não ser apropriado, a emergência pode não estar relacionada à sua especialidade”, a diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial, Vânia Melhado.
Compõem também a Câmara Técnica o brigadeiro da Aeronáutica e médico, Flávio Xavier, e o coordenador de medicina das Linhas Áreas TAM, Marco Cantero.