Em conjunto com todas as entidades médicas do país, o CRM-ES apresentou seu apoio ao movimento nacional de paralisação dos médicos peritos do INSS que abrangeu todo o território nacional. Alguns fatos merecem vir a público para que se possa entender o real motivo que levaram estes profissionais a greve. O rompimento de um acordo firmado com o Ministro da Previdência foi desprezado pelo Governo Federal com a tentativa inclusive de diminuir a qualificação funcional do médico perito transformado através de um novo projeto em analista previdenciário, podando-lhes inclusive o progresso na carreira. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Espírito Santo ao defender a não participação dos médicos credenciados nos chamados mutirões organizados pela gerencia regional do INSS do Espírito Santo, nada mais fez do que defender preceitos éticos elencados no código de ética Médica, como também proteger os médicos no sentido de que ao atenderem a solicitação de seus contratantes, infringissem o código de ética médica, tornando-se passíveis de sofrerem processos éticos profissionais. O movimento conseguiu o compromisso com a direção regional do INSS do não descredenciamento daqueles que não atendessem as solicitações superiores, e mantivessem com a sua atitude digna, a força de um movimento considerado como legal pela própria Justiça Federal de Brasília. Agimos assim em nome da legalidade, da ética e do respeito que temos pela categoria médica do Espírito Santo. Se de alguma forma a postura do CRM pôde ser considerada agressiva por parte de algum segmento da nossa sociedade, pedimos as nossas desculpas, mas temos plena consciência de que jamais pensamos em prejudicar a sociedade espírito-santense. Muito menos aos colegas que se sentiram ameaçados pelos termos de algumas declarações divulgadas pela mídia. Mas motivados fomos pela gravidade do momento e pela necessidade de garantir o êxito do movimento dos médicos peritos, uma resolução mais rápida no sentido de se alcançar um bom termo no referido movimento.