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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai investigar as irregularidades nas atividades de coleta de sangue da empresa Pharmalink Indústria Comércio e Representação LTDA. Anteontem, uma denúncia anônima feita à Rádio Jornal dava conta que no local estava sendo oferecido dinheiro a quem doasse sangue e ingerisse remédios para testar a reação dos produtos em humanos. Até amanhã, a Vigilância Sanitária Estadual (VSE) enviará à Anvisa o relatório da inspeção feita anteontem na firma. Ontem, a empresa defendeu-se, alegando que realizava seleção de pessoal para trabalhar em pesquisas com remédios. O diretor da VSE, Jaime Brito, esteve ontem em Brasília e participou de reunião com a Gerência Geral de Inspeção e Controle de Medicamentos da Anvisa. Segundo ele, a gerência considerou que a Pharmalink não está configurada como centro de referência para estudos de bioequivalência (testes com medicamentos). Os locais autorizados para esse tipo de procedimento são o Centro de Bioequivalência da Universidade Federal de Pernambuco, o hospital Memorial Guararapes e o laboratório Paulo Loureiro. “Se realmente foi realizada a coleta fora dos locais credenciados, há irregularidade. Mas isso ainda vai ser apurado”, afirmou o diretor da VSE. De acordo com Brito, a Anvisa acredita tratar-se realmente de um caso de estudo de bioequivalência. Mas sobre o pagamento a voluntários para realização de testes, a legislação para esse procedimento (a resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde, de 1996) prevê apenas o repasse de custeio de passagens de ônibus e alimentação. Conforme denúncias de prováveis aliciados para participar dos testes, o valor pago pela Pharmalink variava de R$ 130 a R$ 200, por fase do teste. A VSE deve concluir amanhã o relatório sobre as denúncias. O inspetor do órgão Gilvan Alcoforado informou que analisará a defesa do proprietário da empresa e decidir se os argumentos procedem. “Somente sexta-feira (amanhã) teremos uma posição sobre a autuação da empresa. Se a defesa não for suficiente, prosseguiremos com o processo administrativo e veremos a necessidade de instaurar investigação policial”, disse. Segundo o secretário de Defesa Social, João Braga, a polícia só vai atuar quando receber ofício da Secretaria Estadual de Saúde ou for feita ocorrência em uma delegacia. Proprietário da Pharmalink contesta acusações O proprietário da Pharmalink, Antônio José Alves, ex-diretor do Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) e pesquisador e professor do Departamento de Farmácia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), divulgou, ontem, sua defesa sobre as denúncias de coleta irregular de sangue. No ofício encaminhado à VSE, ele alega que as fichas de cadastro e as seringas encontradas pelo órgão estadual, anteontem, na sede da empresa, em Tejipió, Zona Oeste do Recife, “eram para as auxiliares de enfermagem realizarem os testes de habilidade no manuseio e no preenchimento dos documentos, nada que possa ser considerada atividade ilegal”. O texto diz que “os profissionais selecionados serão utilizados em atividade científica autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde”. Um certificado de boas práticas em biodisponibilidade/bioequivalência de medicamentos, de 19 de outubro deste ano, também foi anexado ao documento. A certidão refere-se ao Laboratório de Tecnologia Química Farmacêutica (LTQF) da UFPE, no qual atua o dono da Pharmalink, e atesta que a instituição cumpre determinações da legislação sanitária em vigor. Ontem, a Pharmalink permaneceu fechada durante todo o dia. Nas imediações, vizinhos confirmaram que a movimentação de pessoas na empresa era grande a qualquer hora do dia. “Há quatro meses, começou a encher de gente. Já vi pessoas entrando até as 23h”, disse Elias Targino dos Santos, o dono de uma oficina mecânica da área. O comerciante Carlos José da Silva, 38 anos, disse que tentou inscrever-se para os testes com remédios, mas foi reprovado. “Mediram minha altura e meu peso e disseram que eu estava fora dos padrões.” Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com Informações do Jornal do Commercio.

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