A Souza Cruz deverá suspender a campanha publicitária que associa o cigarro a propriedades calmantes e estimulantes. A Anvisa abriu processo administrativo e a empresa pode sofrer sanções como multas de até R$ 100 mil. A determinação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autuou a empresa por estimular fumantes a consumir o produto, ignorando seus riscos, ao incluir as seguintes frases em cartazes expostos em pontos de venda: “Relaxe em excesso, fume com moderação”, “Divirta-se em excesso, fume com moderação” e “Divirta-se em excesso, fume com moderação”. Além de alegar propriedades que o tabaco não possui, as frases são consideradas pela Lei nº 10.167/00 (Lei do Fumo) propaganda enganosa, uma vez que sugerem que fumar menos reduz os prejuízos à saúde causados pelo tabaco. De acordo com especialistas, não é possível afirmar que se pode “fumar com moderação”, pois não existem níveis seguros para o consumo das substâncias presentes no cigarro. A não existência de níveis seguros motivou inclusive a proibição do uso de expressões como “light” e “baixos teores” nos maços, em 2001. O cigarro tem como seu principal indutor de dependência a nicotina, considerada uma das drogas de maior potencial de dependência, além de mais de 4.700 componentes tóxicos conhecidos e que são cientificamente correlacionados com a ocorrência de câncer, doenças vasculares, cardíacas, pulmonares e problemas gestacionais, entre outras. FONTE: ANVISA