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Sábado (26/06) é o Dia Mundial de Combate às Drogas. Antecipando as comemorações, na próxima quinta-feira (24/06), a Comissão de Controle do Tabagismo, Alcoolismo e Uso de Outras Drogas da Associação Médica de Minas Gerais (Contad-AMMG) faz um alerta contra o álcool e o fumo. Médicos da AMMG se dirigem a um popular botequim da capital para medir o teor de álcool e monóxido de carbono no ar expirado por clientes e funcionários. Os testes serão feitos com o bafômetro e monoxímetro, respectivamente, de forma gratuita. “O álcool e o tabaco são as drogas lícitas de uso mais frequente e as primeiras a serem experimentadas pelos adolescentes”, afirma a presidente da Contad-AMMG, Maria das Graças Rodrigues. A pneumologista alerta que o tabagismo ativo é a primeira causa evitável de morte no mundo, o alcoolismo é a segunda e o tabagismo passivo é a terceira. Segundo pesquisa divulgada na última segunda-feira pelo Ministério da Saúde (Vigitel 2009), 15,5% da população brasileira fumam. Entre os homens, o índice chega a 19%. “O monóxido de carbono é uma das 4.700 substâncias tóxicas presentes no fumo, responsável pelo acúmulo de gordura nas artérias do organismo, o que leva às doenças cardiovasculares e à morte prematura”, explica a médica da AMMG. O tabagismo, no entanto, não prejudica apenas aqueles que fumam. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 2,6 mil não fumantes morrem a cada ano no Brasil devido a doenças provocadas pelo tabagismo passivo. Pessoas que não fumam, mas que aspiram a fumaça dos cigarros, têm 30% a mais de chance de desenvolver câncer de pulmão e 24% a mais de sofrer infarto e outras doenças cardiovasculares. Maria das Graças Rodrigues ressalta que a promulgação de leis restringindo o tabagismo em ambientes fechados, públicos ou privados, é uma medida eficaz para a proteção da saúde dos não fumantes e dos trabalhadores desses locais. “Inúmeros estudos científicos têm demonstrado esse benefício e revelam redução significativa das internações por infarto agudo do miocárdio em vários países do mundo”, afirma a médica. Álcool O número de brasileiros que admitem consumir álcool em excesso passou de 16,2% da população, em 2006, para 18,9%, em 2009. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o percentual de abuso de bebidas alcoólicas é ainda maior: 23%. “Os dados do Ministério da Saúde servem de alerta, pois o consumo de álcool é fator de risco para acidentes de trânsito, violência e doenças”, diz o psiquiatra Valdir Ribeiro Campos, integrante da Contad-AMMG. Campos afirma que de 25% a 50% dos acidentes de trânsito com vítimas fatais estão associados ao uso de álcool. “A maioria desses acidentes envolve jovens de 21 a 24 anos e 80% deles ocorrem nas noites e madrugadas dos finais de semana”, alerta. O médico explica que a bebida alcoólica proporciona aos motoristas um falso senso de confiança, prejudicando a atenção, a coordenação e o julgamento de velocidade e distância. “O tempo de reação diminui em até 30% e a visão noturna sofre uma perda de 25%”. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os abusos no consumo de bebida alcoólica matam 2,5 milhões de pessoas por ano. Há dois anos, a Lei 11.705, conhecida como “Lei Seca”, reduziu a tolerância entre álcool e direção. Quem for pego dirigindo depois de beber pode pagar multa, perder a carteira e até mesmo ser detido – dependendo do índice mostrado pelo bafômetro. Quem quiser fazer o teste do bafômetro ou do monoxímetro pode se dirigir ao “A Gosto de Deus Butiquim”, na Av. Pasteur, 4, no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte, entre 18h30 e 21h, na próxima quinta-feira (24/06). Mais informações: www.ammg.org.br.

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