Na reunião da Assembléia de Delegados da Associação Médica Brasileira (AMB), realizada em São Paulo na sexta-feira (7 de novembro), o presidente da AMB, Eleuses Vieira de Paiva, e o secretário-geral do Conselho Federal de Medicina (CFM), Rubens dos Santos Silva, apresentaram a proposta de agenda conjunta das duas entidades a partir de 2004, um primeiro passo na constituição da Ordem dos Médicos do Brasil, que englobaria, em um só órgão, as funções associativas e de regulamentação e julgamento das ações médicas. “A Ordem não será mais uma entidade, será a entidade nacional, com dois braços: o científico, que hoje é de responsabilidade da AMB; e o ético, do CFM”, esclareceu Paiva. “Hoje, felizmente, estamos conseguindo vencer as resistências daqueles que não querem ‘dividir o poder’. Nossa intenção, ao contrário, é somar. Somar recursos para gerar mais benefícios para os médicos”, completou Silva. Os presidentes da AMB e o do CFM, Edson de Oliveira Andrade, já assinaram um compromisso público que formaliza a decisão. Segundo Eleuses Paiva, AMB e CFM ainda não têm definido um modelo de como se dará a junção das entidades e, antes de elaborá-lo, querem ouvir a opinião de todos os médicos do Brasil. “A idéia é promover nos primeiros meses de 2004 diversas reuniões e fóruns de debate, inclusive com a presença de convidados de Portugal, país que promoveu com sucesso, há quatro décadas, uma unificação semelhante à proposta”, afirmou. Depois de devidamente apresentado o tema, AMB e CFM pretendem realizar um plebiscito nacional, para que todos os médicos decidam pela criação ou não da Ordem. Para o secretário do CFM, a proposta de aprovação da Ordem dos Médicos do Brasil por meio de plebiscito é algo inédito e demonstra as boas intenções das diretorias das entidades: “Não queremos que apenas os dirigentes e os representantes decidam. Queremos ouvir cada médico do Brasil, para que prevaleça a vontade da maioria”. A proposta foi aprovada pelos delegados da AMB por unanimidade. FONTE : AMB