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Conselho Federal de Medicina

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  • A fumaça tóxica do Crack atinge o pulmão, vai à corrente sanguínea e chega ao cérebro. É distribuído pelo organismo por meio da circulação sanguínea e, por fim, a droga é eliminada pela urina. Sua ação no cérebro é responsável pela dependência.
  • Algumas das principais conseqüências do uso da droga são: doenças pulmonares, alguns doenças psiquiátricas, como psicose, paranóia, alucinações e doenças cardíacas. A mais notória é a agressão ao sistema neurológico, provocando oscilação de humor e problemas cognitivos, ou seja, na maneira como o cérebro percebe, aprende, pensa e recorda as informações. Isso leva o usuário a apresentar dificuldade de raciocínio, memorização e concentração. 
  • Os psiquiatras preconizam internação para desintoxicação de cerca de 7 a 14 dias, drogas usadas comumente como opióides e tratamento das comorbidades constituem-se em medidas iniciais, devendo o paciente ter acesso à rede de tratamento ambulatorial bem como aos processos integrados.
 
ASPECTOS GERAIS NO TRATAMENTO DO USUÁRIO DE CRACK
 
A-     MULTIFATORIEDADE do Dependente Químico (DQ) – O tratamento deve ser interdisciplinar, dirigido  às diversas áreas afetadas : física, psicológica, social, questões legais e qualidade de vida. Objetivo: iniciar a abstinência e prevenir as recaídas.
 
B-     DESAFIO – Não há uma droga específica apesar de pesquisas empreendidas. É preciso identificar precocemente, avaliar padrão de consumo, grau de dependência, comorbidades  e fatores de risco. Garantir disponibilidade para o tratamento e facilitar acesso aos serviços de atendimento, além de, buscar adesão ao tratamento com intervenções familiares.
 
C-    TRATAMENTO – Intervenções medicamentosas de suporte: sintomáticas e           tratamento das comorbidades psiquiátricas e complicações clínicas. A cocaína aumenta a neurotransmissão da dopamina e serotonina relacionadas aos efeitos prazerosos e reforçadores da droga e desregulação do sistema, com papel importante na Síndrome de Abstinência, levando a inúmeros ensaios clínicos com intervenções farmacológicas sem resultados satisfatórios. As drogas utilizadas ainda estão sem evidência científica comprovada ou experiência clínica consistente. Anticonvulsivantes, agentes aversivos, antidepressivos tricíclicos, estabilizadores de humor e antipsicóticos são utilizados e serão comentados ao final.
 
D-    ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR E REDE INTEGRADA DE ATENÇAO PSICOSSOCIAL
  • Ações preventivas:sensibilização e capacitação dos profissionais de saúde e educação
  • Identificação precoce e encaminhamento adequado
  • Desintoxicação: tratamento e suporte sintomático
  • Tratamento das comorbidades: clínicas e psiquiátricas.
  • Estratégias de psicoeducação: trabalhar fatores de risco
– Grupos de auto-ajuda
– Acompanhamento ao longo do tempo na Estratégia Saúde da Família
– Abordagens psicoterápicas por profissionais habilitados, terapias individuais, grupais
–  Terapia cognitiva comportamental.
– Treino de habilidades sociais e prevenção de recaídas
– Reabilitação neuropsicológica e psicossocial
– Redução de danos  com base em evidências médicas e legais
– Rede de atenção: leitos em hospitais gerais para desintoxicação, ambulatórios , CAPS AD, albergamento  sócio-terapeutico e moradias assistidas
 
DIMENSÃO DO PROBLEMA
  • A rede integrada de saúde mental necessita ser dimensionada quanto as necessidades.
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  • Os serviços comunitários, geralmente religiosos, são muitos, são precários, carecem de base científica e beneficiam pouco o Dependente Químico.
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  • As ações na área de saúde nas três esferas de governo e entre os diversos órgãos em uma mesma esfera não são integradas e não são harmônicas.
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  • Os serviços de assistência ao Dependente Químico de Crack (DQC) com qualidade são poucos e geralmente privados e universitários.
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  • O uso de substâncias psicoativas (SPA) lícitas prediz o uso de SPA ilícitas e no Brasil não temos nenhum controle sobre publicidade, preço e disponibilidade das SPA lícitas.
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  • Os usuários recreativos, que sustentam o tráfico, são vistos pela lei 11.343/2006 como dependentes.
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  • A repressão ao tráfico é insuficiente.
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  • Não existe tratamento único e ideal para a DQC. O melhor seria organização de um sistema de serviços que levasse em conta a diversidade de problemas (saúde mental e física, social, familiar, profissional, conjugal, criminal, etc), buscando a proporcional diversidade de soluções.
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  • Devido a natureza da DQC alguns pacientes podem beneficiar-se de intervenções breves e outra parte, necessitar de tratamentos mais sistematizados e com diferentes níveis de complexidade e variedade de recursos.
 
 
 
FLUXOGRAMA DE ENCAMINHAMENTO AOS PACIENTES
 
 crackfluxo
 
 
ONDE PROCURAR AJUDA
  • Procure a secretaria municipal de saúde ou o conselho municipal de saúde ou ainda o ministério público, sempre que tiver dificuldades em obter o tratamento desejado.
 
  • Acesse www.enfrenteocrack.org.br e obtenha a lista de locais para atendimento em todo o país.
  • Utilize o 08005100015 para acessar a central de atendimento gratuito para informações (projeto viva voz da SENAD)
 
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