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Nas últimas semanas, tem sido o comum o atendimento de mulheres grávidas com suspeita de dengue em todas as unidades de saúde de Rio Branco. Na Maternidade Bárbara Heliodora, os números oficiais não são divulgados, porque é preciso a constatação da doença por exame, que é feito no pronto- socorro, mas a incidência está preocupando os médicos e as autoridades da área de saúde diante dos inúmeros casos em que a paciente chega à unidade com risco de aborto e, em alguns casos, com a confirmação do aborto. A gravidade da situação levou o governo do Estado a realizar uma campanha no rádio e na televisão com alguns médicos explicando os riscos da doença, já que as grávidas, segundo estudos recentes, estão mais sujeitas a desenvolver a forma grave da doença, que, mesmo não sendo hemorrágica, pode levar à morte. A ex-secretária de Saúde, Grace Rocha, é uma das médicas que estarão na campanha de conscientização dos riscos da doença em mulheres grávidas. Estudos não controlados na Índia mostraram alguns casos de aborto no primeiro trimestre. Na experiência cubana, houve uma associação com parto prematuro no segundo trimestre, sem relação com o sorotipo viral. Em relação às gestantes, houve vários casos de grávidas que tiveram seus partos com plaquetopenia sem sangramentos importantes. Segundo ela, não há mal congênito causado pela dengue, mas existe, porém, a transmissão vertical do vírus e deve ser ressaltado que a gestante com dengue necessita de cuidados maiores, como em qualquer outra infecção durante a gravidez. “Nós já identificamos vários casos de ameaça de aborto e até mesmo de aborto em mulheres com suspeita de dengue, e essa situação é preocupante, por isso a importância da conscientização da população dos riscos da doença”, afirmou a médica. Na semana passada, foi registrado um caso de uma paciente que chegou à maternidade sem estar grávida, mas tinha sangramento vaginal fora de época. A paciente tinha suspeita de dengue e foi encaminhada ao pronto-socorro. “Os casos estão sendo cada dia mais comuns e mostram a gravidade da situação, o que levou a secretaria a uma grande mobilização com uma campanha alertando para os perigos da doença, principalmente, dos riscos de proliferação do mosquito, para evitar que novos casos sejam detectados, especialmente, entre as grávidas”, declarou Rocha. Fonte: Jornal A Tribuna (Rio Branco/AC) – Edição de 02 de dezembro de 2004

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