O ministro da Saúde do Brasil, Humberto Costa, e os ministros da China, Rússia, Cuba, Nigéria, Tailândia, Argentina e Ucrânia anunciaram, oficialmente, durante a 58a Assembléia Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça, a criação da Rede Tecnológica de Cooperação da Aids. A iniciativa, liderada pelo Brasil, tem como objetivo estabelecer um intercâmbio permanente entre os oito países para transferência de tecnologia de produção de medicamentos (incluindo a matéria-prima), camisinhas, vacinas e kits de diagnóstico. O encontro dos ministros serviu para ratificar a declaração conjunta assinada por seis países – Argentina e Cuba aderiram depois ao grupo – em 12 de julho de 2004, em Bangcok, na Tailândia, durante a 15a Conferência Internacional de Aids. O documento, firmado na ocasião, já previa a criação da futura Rede. O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explica que participam do grupo países em desenvolvimento que têm algum tipo de base tecnológica na área. Segundo Jarbas, cada país está realizando pesquisa e estudos na área de medicamentos ou no desenvolvimento de kits diagnósticos mais sofisticados. “A troca de experiências trará acúmulo tecnológico para cada um dos membros e deve resultar em benefícios reais para a população de cada um desses países”, afirmou. Os ministros acertaram no encontro Genebra a realização da primeira reunião técnica dos oito países após a formalização do grupo. Ela vai acontecer em Xangai, na China. Esta será, na prática, a segunda mesa de trabalho técnica, tendo em vista que a primeira aconteceu no começo do ano no Rio de Janeiro, RJ. O ministro Humberto Costa, que ocupa a secretaria-executiva da Rede, enfatizou a importância da parceria a se construir com o novo bloco. “Nossa prioridade é garantir acesso a novas tecnologias para as nossas populações. Estou certo de que damos um passo importante para a construção conjunta de novos produtos”, destacou. Fonte: Agência Saúde