“Até hoje a profissão de médico não é regulamentada. Um dos motivos que levou a gente a fazer isso foi que o CFM concluiu que o projeto de lei estava tendo dificuldade de tramitação, até porque a própria classe médica o desconhecia. O CRM-ES criou então este programa para que pudéssemos levar à classe médica a atual situação e o teor do Ato Médico. Estamos sofrendo um lobby muito grande das outras profissões da área de saúde, com medo de que a regulamentação do Ato Médico venha cercear o trabalhos deles, o que não é verdade. Nosso projeto de lei não tem nada que impeça as outras profissões da área de saúde de continuar com seu trabalho. É bom ressaltar que nós, os médicos, sempre defendemos e fomos os primeiros a fazê-lo, a multidisciplinaridade na assistência à saúde”, esclarece o presidente. Para que toda a classe médica saiba o que é o Ato Médico o presidente viaja pelas principais Delegacias Seccionais do CRM-ES explicando o projeto de lei e tirando dúvidas. “Nós estamos fazendo estas viajens há uns quatro meses. Já fomos a Linhares, Cachoeiro, São Mateus e Colatina, onde abrangemos também todos os municípios em volta. A receptividade é excelente. Os médicos questionam e depois que conhecem a lei e a situação do Ato Médico se sentem muito mais fundamentados para defender junto aos nossos representantes no Congresso Nacional a tramitação mais rápida do projeto. Eles passam a ter também mais consciência e argumentos para defender o Ato Médico junto às outras profissões da área de saúde”, explica. Dr. Celso Murad faz questão de deixar claro que a classe médica não está disputando o mercado com ninguém. “Nós não estamos disputando mercado com ninguém. Dentre as profissões da área de saúde a mais antiga é a Medicina e a única que não tem uma regulamentação. De todas as equipes de saúde que atuam neste campo, a única que não pode faltar é a da Medicina. Todos são importantes, mas sem médico não tem assistência à saúde. Nós entedemos que só o médico pode fazer uma prescrição, medicação, solicitação de exame e diagnóstico”, conclui.
Ações
18/08/2003 | 03:00