A Federação Brasileira de Academias de Medicina (FBAM) e suas filiadas publicaram nota criticando a possível decisão do governo federal de “importar” médicos de outros países sem a devida revalidação de seus diplomas. A FBAM argumenta que a proposta representa “um desperdício financeiro inaceitável e põe em risco a saúde da população a ser assistida”, já que os estrangeiros desconhecem a língua e a cultura nacionais. (Leia a nota aqui)

O texto diz, ainda, que a medida, se implementada, significará um desprestígio e um desrespeito à medicina e às entidades médicas brasileiras, “que em uníssono apontam o equívoco da decisão governamental”.

Para a FBAM, a solução para a crise na saúde pública passa pela decisão de estabelecer área regionais com infraestrutura e equipes de saúde minimamente estruturadas, além da institucionalização da carreira de Estado do médico do Sistema Único de Saúde (SUS) e do respeito, pelo governo, das diretrizes políticas estabelecidas pelas leis que regulam os serviços do SUS (leis 8.080/90 e 8.142/90). Com isso, argumenta a Federação, “com certeza não precisaríamos importar médicos estrangeiros”.