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Uma das principais razões para o salto no número de médicos é a abertura desenfreada de escolas médicas.  O país tinha, em 2009, um total de 185 escolas médicas, com uma oferta de 16.876 vagas, segundo o censo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Dados de 2011 indicam que 45% dos cursos estão no Sudeste. Do total de vagas disponíveis, 58,7% são oferecidas por instituições privadas e 41,3% por escolas públicas.
 
O primeiro grande boom de faculdades de Medicina ocorreu com o regime militar instaurado em 1964. De 1960 a 1969 foram abertas 39 escolas médicas, 23 delas no Sudeste. Em apenas quatro anos, de 1966 a 1969, foram criadas 22 escolas. Só em 1968, foram 13. Das 39 novas escolas dos anos 1960, 21 delas eram públicas, proporção que vai mudar rapidamente em favor das escolas particulares. O salto na abertura de escolas nos anos 1960 será responsável pelo crescimento exponencial, que se verifica no número de médicos a partir da década de 1970.
 
A abertura de escolas cai a partir de 1972, retomando um novo boom de 1996 em diante, agora com um predomínio dos cursos privados. Entre 2000 e agosto de 2011, 77 escolas foram inauguradas, o que significa 42,5% das 185 faculdades de Medicina abertas em dois séculos no país. Das 77, 52 são particulares. Nessa última década, o número de médicos subiu 21,3%, e deverá crescer mais, porque 25 das 77 escolas abertas nesse período ainda não formaram suas turmas. Outras 20 escolas devem ser abertas até 2014 (http://www.escolasmedicas.com.br).
 
O número de vagas em faculdades de Medicina ou de formandos a cada ano é um indicador de maior ou menor crescimento da população médica nas décadas que se seguem. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que na maioria dos países ricos da Europa há um total de 9 a 12 médicos recém-formados por grupo de 100.000 habitantes. O Brasil tem 8,2 vagas de sexto ano por 100.000 moradores, junto da Espanha (8,5) e à frente de Bélgica (7,9), Canadá (7,0), Estados Unidos (6,5) e Japão (5,9).
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