No próximo dia 20 de outubro será realizado o Dia Nacional de Combate à Sífilis Congênita. A iniciativa visa ampliar o debate sobre o tema nos vários segmentos da sociedade e estimular ações que contribuam para o desaparecimento da doença, considerada, há pelo menos 50 anos, um sério problema de saúde pública em todo o mundo. Marcada para ocorrer anualmente, sempre no terceiro sábado do mês de outubro, a data foi instituída durante o VI Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e o II Congresso Brasileiro de Aids, realizados na cidade de Santos, em setembro do ano passado. Em 2007, o tema abordado será “Caminhando para a eliminação da Sífilis Congênita”. Apesar do fácil diagnóstico médico e do tratamento eficaz e de baixo custo, a Sífilis Congênita apresenta elevada prevalência e seu controle desafia gestores e profissionais da saúde. A doença é o resultado da transmissão da Sífilis da gestante infectada ao bebê, por meio da placenta, e pode ocasionar abortamento, morte perinatal ou graves seqüelas posteriores ao nascimento da criança, como má formação óssea, surdez e problemas neurológicos. O governo brasileiro assinou protocolo junto à Organização Mundial da Saúde comprometendo-se a eliminar a Sífilis Congênita até os primeiros meses de 2000. Passados sete anos do limite estabelecido, calcula-se que, entre os três milhões de partos realizados por ano, cerca de 48 mil gestantes possuam Sífilis e que ocorram 12 mil casos da doença na forma congênita. Destes, apenas 30% são notificados. Entre 2000 e 2005, o tratamento de mais de 24 mil crianças infectadas custou ao país, aproximadamente, R$ 10 milhões. Os gastos poderiam ter sido minimizados com uma simples medida: a realização de exame para diagnosticar a doença durante o pré-natal da gestante. Este exame é assegurado às mulheres por portarias ministeriais, entretanto poucas têm conhecimento do direito. O Dia Nacional de Combate à Sífilis Congênita é um marco estabelecido para que as cidades brasileiras programem ações envolvendo o assunto e, assim, colaborem na diminuição do preconceito em relação às doenças sexualmente transmissíveis e alertem a população sobre a gravidade da doença. O conhecimento e a visibilidade do problema são considerados os principais meios de combater a Sífilis Congênita. Fonte: AMB
20 de outubro: Dia Nacional de combate à sífilis congênita
19/10/2007 | 02:00