
O lançamento em Belém aconteceu na Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Pará, e contou com a presença do presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante e do presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cortez, além da sociedade civil.
O CRM-PA também levou o apoio da entidade ao projeto de iniciativa popular e chamou de heróis os médicos que trabalham para o Sistema Único de Saúde, ao informar que o preço da consulta paga pelo SUS vale menos que um refrigerante, R$ 2,75 e a diária de internação nos hospitais custa R$ 58. ‘Nas capitais se faz transplantes, no interior os médicos fazem das tripas coração para conseguir trabalhar’, comparou o médico.
A presidente da Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará, Cléa Bichara, disse que o projeto terá o apoio dos participantes do Congresso Médico Amazônico, que acontece em abril, no Hangar, em Belém, e deve ter entre 3.000 a 4.000 participantes.
Arquidiocese de Belém vai ajudar na campanha. De acordo com o Bispo Auxiliar de Belém, Dom Teodoro, a saúde passa por momentos críticos. “A igreja vai ser muito importante, já que o tema da campanha da fraternidade este ano é sobre Saúde. Vamos enviar os documentos para que as paróquias arrecadem as assinaturas”, diz Dom Teodoro.
“Este é um projeto do povo brasileiro, não só dos médicos. Precisamos mostrar para o governo federal que a regulamentação da Emenda 29 não foi como a população necessita e que a saúde pública deste país precisa sim de mais recursos”, explicou Florentino Cardoso, presidente da AMB.
Segundo o presidente da OAB Nacional, essa é uma luta de todos. “Esta é uma causa de toda a sociedade civil, independentemente da categoria profissional, pois somos todos brasileiros e queremos uma saúde melhor”, disse.
Integram também a Frente as secretarias Estadual (SESPA) e Municipal (SESMA) e o Ministério Público Estadual.
Para que a mobilização caminhe, a Frente Nacional por Mais Recursos deve agora coletar cerca de 1,5 milhão de assinaturas, número que corresponde a 1% do eleitorado nacional distribuídos em pelo menos cinco Estados (0,3% dos eleitores de cada um), e apresentar esse material à Câmara dos Deputados. Depois o projeto de iniciativa popular seguirá a tramitação normal no Congresso.
Fonte e Foto: CRM-PA