A Câmara Técnica de Medicina de Família e Comunidade, do Conselho Federal de Medicina (CFM), pretende complementar seu trabalho através de um levantamento o perfil dos profissionais que atuam no Programa Saúde da Família (PSF). Especialistas que compõem a Câmara Técnica apontaram uma série de desafios que o programa precisa superar, como o baixo número médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade (conhecida até 2002 como especialidade Medicina Geral Comunitária). Para a Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), o perfil adequado do médico para atender no PSF é o médico de família e comunidade. Mas estima-se que, das 27 mil equipes, apenas 1.500 médicos tenham essa formação. Além disso, 80% dos médicos que atuam no Programa mantém vínculos de trabalho precários (sem férias, décimo terceiro salário e outros direitos trabalhistas). Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), Armando Martinho Bardou Raggio, a realização de concursos públicos e a criação de uma carreira ajudariam a resolver esse problema. “A relação também precisa ser regulamentada por meio do estabelecimento de metas para além da questão do exercício profissional”, acrescenta. Geraldo Guedes comenta que a precariedade vai além da falta de um contrato de trabalho, abrangendo também a falta de estabilidade e perspectiva. Ele ressaltou que o grande mercado para a Medicina de Família e Comunidade é o setor público. “Temos um quadro nacional cuja tendência é chegar a até 60 mil equipes do PSF, o que significa pelo menos 60 mil médicos envolvidos. Isso vai ter uma expressão muito grande na medicina brasileira”, salientou. Outros temas discutidos foram a deontologia profissional e gestão da saúde. O representante da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), José Roberto Pereira de Sousa, falou sobre a importância de se primar por uma cultura ética do exercício profissional. “Os médicos dos pequenos municípios ficam desamparados em termos de referências éticas”, disse, ressaltando o desafio de se estabelecer comissões de ética nesses lugares para defender os profissionais que ali atuam. A respeito da gestão, Marcello Dalla, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), ressaltou a falta de profissionalização da gestão. “Cerca de 40% dos secretários de saúde não tem sequer nível superior”, apontou. Atualmente, são 27 mil equipes de Saúde da Família, cobrindo cerca de 50% da população brasileira. Fazem parte de cada uma dessas equipes um médico generalista, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem e agentes comunitários. Além de estudar quais as especialidades mais presentes no PSF, a Câmara quer apontar caminhos e perspectivas.

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