O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ontem (12/09) que 13 milhões com hipertensão (pressão alta) e 4,5 milhões de diabéticos não são tratados de modo adequado atualmente no país. Quase metade das brasileiras grávidas (47%) não fazem as sete consultas de exame pré-natal e 25% da população com doenças negligenciadas, como tuberculose, malária e hanseníase, não tem acesso regular ao sistema público de saúde. Segundo ele, este ano, 90 mil brasileiros com câncer farão cirurgia, quimioterapia, mas não terão acesso à radioterapia pela “insuficiência de capacidade instalada na rede pública”. Para o ministro, esse quadro só se resolve com mais recursos e melhorias na gestão da saúde. “Não dá para fazer mágica. Por outro lado, colocar recursos adicionais no sistema, pura e simplesmente, sem mexer no padrão de gestão dos recursos, também é inadequado”. Uma vez mais, ele defendeu a criação de fundações estatais de saúde, cujo projeto de lei complementar tramita desde julho no Congresso Nacional. Temporão também enfatizou que é preciso atualizar a tabela do SUS. Segundo ele, atualmente, o SUS paga R$ 7,55 por consulta médica, enquanto na iniciativa privada o valor médio é de R$ 42. Fonte: Agência Brasil
Brasileiros são excluídos da saúde por “insuficiência” na rede pública, diz ministro
13/09/2007 | 00:00