Os avanços nas pesquisas sobre utilização de células-tronco no tratamento de pacientes com cardiopatias graves estarão em debate nesta quarta-feira (01/12), no auditório Emílio Ribas do Ministério da Saúde, em Brasília. O tema será apresentado por Hans Fernando Dohmann, pesquisador do Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro e um dos responsáveis por estudos bem-sucedidos sobre a aplicabilidade das células-tronco retiradas do próprio paciente (autólogas) no tratamento de seqüelas severas em pacientes portadores de cardiopatias. Em 2003, Dohmann estava entre os pesquisadores que receberam menção honrosa na categoria Trabalho Publicado, do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS. O trabalho, sobre transplante de células da medula óssea para pacientes com lesões provocadas por isquemia (resultado da obstrução das artérias do coração), demonstra a segurança da realização de injeções no músculo cardíaco de células retiradas da medula do próprio paciente, que ajudam a recuperar áreas do miocárdio (músculo cardíaco). A técnica apresentada no trabalho premiado consiste em retirar, tratar e reinjetar as células-tronco diretamente nas áreas lesionadas do coração. Após dois meses de acompanhamento, a equipe de pesquisadores comprovou redução no defeito cardíaco e melhoria nas funções do ventrículo esquerdo e do fluxo sanguíneo. Os cientistas destacam que o procedimento é menos invasivo que qualquer técnica tradicional e pode evitar intervenções de altíssimo risco, como transplantes. Incentivo à pesquisa A terapia celular é um dos temas que mais chama a atenção de especialistas e pesquisadores atualmente. No mês de setembro, uma parceria firmada entre os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia para incentivar pesquisas na área de saúde selecionou o assunto como prioritário. Ele será um dos focos do acordo que, no total, prevê investimentos de R$ 57 milhões do orçamento do Ministério da Saúde a serem investidos ainda este ano em pesquisas que possam melhorar as condições de saúde da população brasileira. O estudo completo sobre terapia celular levará até três anos para ser concluído e está orçado em cerca de R$ 13 milhões – R$ 5 milhões serão liberados ainda este ano. Mil e duzentos pacientes devem participar do projeto. Eles serão divididos em grupos, com 300 pessoas cada, de acordo com a doença cardíaca. Em cada um dos grupos, a metade receberá o tratamento tradicional e a outra parcela, injeções de células-tronco retiradas da medula óssea do próprio paciente. Sessão Ciência Os debates sobre temas relevantes em pesquisa são uma iniciativa do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) e do Departamento de Gestão e Regulação do Trabalho em Saúde (DEGERTS), responsáveis pela organização do programa Sessão Ciência no Ministério da Saúde. A idéia é debater temas da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Este é o último encontro, que ocorre uma vez a cada mês, desde maio último, e reúne especialistas para discutir um assunto que vincule temas científicos e técnicos à saúde. A programação, que se estenderá até o final do ano, pretende promover debates técnico-científicos com profissionais de destaque em suas áreas de atuação. Quem quiser conhecer a programação completa do Sessão Ciência deve acessar o endereço www.saude.gov.br/sctie/decit. Fonte: Ministério da Saúde

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