Entendemos que é fundamental que alguém diga para a sociedade quais são os procedimentos médicos aceitáveis, válidos. Quando propomos esta mobilização pela aprovação do projeto de lei do senador Althoff, queremos, na verdade, sinalizar para a sociedade o que é bom ou o que é ruim em termos de conhecimentos científicos e médicos no nosso país. Nos 45 anos de existência do Conselho Federal de Medicina, o Brasil e a categoria médica mudaram muito, e hoje, as atribuições e o alcance das ações deste órgão estão mais amplas, extrapolando a aplicação do Código de Ética Médica e a normatização da prática profissional. Com o tempo, o sistema conselhal médico incorporou finalidades educativas, sociais e políticas. Sua principal finalidade, no entanto, parece ser o esforço permanente para assegurar um padrão mínimo de qualidade à assistência médica prestada ao povo brasileiro. Atualmente, o CFM exerce um papel político muito importante na sociedade, atuando na defesa da saúde da população e dos interesses da classe médica. O órgão traz um belo histórico de luta em prol dos interesses da saúde e do bem estar do povo brasileiro, sempre voltado para a adoção de políticas de saúde dignas e competentes, que alcancem a sociedade indiscriminadamente. O engajamento na organização do Sistema Único e Saúde, o combate pela melhora da qualidade das faculdades de Medicina e a luta por maiores recursos para a saúde pública são exemplos desta nossa atividade. O CFM sabe que é impossível fazer saúde sem médicos. Sem bons médicos. Sem médicos de boa qualidade técnica e humana. Ao defender a aprovação do projeto de lei que define o ato médico, o CFM empenha-se em defender a boa prática médica, o exercício profissional ético e uma boa formação técnica e humanista, convicto de que a melhor defesa da medicina consiste na garantia de serviços médicos de qualidade para a população. Edson de Oliveira Andrade Presidente do CFM