Eles foram os primeiros a denunciar as empresas de planos de saúde. Faz três anos que deflagraram o movimento. Deram prazos para firmar as negociações e, ao constatarem a indiferença e a falta de respeito ao médico, partiram para o descredenciamento. De 42 convênios, apenas 22 não aceitaram o reajuste da tabelas de honorários da AMB. Hoje em dia, passados três meses da “guerra” travada pelos médicos brasileiros pela implantação da CBHPM, a luta dos anestesistas baianos é um exemplo para toda a categoria. Os reajustes envolveram o pagamento da consulta e procedimentos realizados em cirurgias, segundo o presidente da Sociedade de Anestesiologia da Bahia (Saeb), Adhemar Barbosa Valverde, desde janeiro no cargo. “Nós já sabemos como os donos de seguradoras se colocam diante das revindicações médicas. Tentamos tudo. Conseguimos o acordo entre a Coopanest e o GPA (as duas cooperativas de anestesistas do Estado da Bahia) com 42 empresas prestadoras de serviços. Petrobras, Bradesco e Sul América continuam irredutíveis. Falta bom senso e disposição para o diálogo. Todos estão sofrendo – médicos, pacientes e seguradoras -, mas a intransigência não leva a nada”, analisa. Para Adhemar Valverde, a paralisação iniciada no último dia 15 de março e respaldada pelas principais entidades médicas baianas – Cremeb, ABM e Sindimed -, “veio até um pouco tarde, pois há muito tempo a dignidade do médico vem sendo atingida”. E complementa: “Estamos com uma defasagem nos honorários há quase dez anos, causando tremenda intranqüilidade financeira para o médico, o que se reverte em intranqüilidade profissional e familiar. Apoiamos cegamente o movimento, que está no compasso certo, assumindo uma conduta moderada e democrática, sem decisões impostas, tendo como meta precípua a implantação da CBHPM” CUMPLICIDADE – O início do “endurecimento” dos anestesistas com os burocratas da saúde foi seguido de muitos percalços. Mas a recompensa veio depois. “Houve no começo bastante resistência por parte da população em aceitar o recibo para posteriormente ser ressarcido pelo convênio. Agora, há uma aceitação impressionante. Outro fato positivo é que melhoramos a relação médico-paciente ao trazer a sociedade para o nosso lado. Antigamente, o anestesista só era visto na sala de cirurgia”, lembra Valverde. Outro ponto que salienta é que, não fosse a união dos especialistas por meio das cooperativas, o sucesso não seria semelhante. Hoje são 500 anestesistas no Estado da Bahia – mais da metade associados. Investir na melhora da imagem do anestesista junto à população, depois da defesa profissional, é uma das metas da gestão atual. Resultado disso foi o lançamento de uma campanha publicitária de valorização do especialista, veiculada numa revista de circulação nacional e em duas rádios locais de Salvador. “O anestesista trabalha muito nos bastidores. Com o advento dos consultórios, esse profissional se tornou menos obscuro. Tinha gente que achava até que ele não era médico… Com essa campanha, pretendemos divulgar o que faz o anestesiologista, quem ele é, como é o seu dia-a-dia, a sua longa formação e que a Bahia ocupa uma posição de destaque no Brasil”, explica o presidente da Saeb. Da Bahia têm saído as melhores notas na prova para obtenção do título de Anestesiologista. No ano passado, os dois primeiros colocados no teste foram baianos, resultado direto do trabalho dos três Centros de Ensino e Treinamento em Anestesiologia (CET), em funcionamento nos hospitais das Clínicas, São Rafael e Irmã Dulce. A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), presidida pelo médico baiano Pedro Tadeu Galvão Viana. As regionais ficam encarregadas de montar os cursos, procurados por médicos de vários estados do Brasil. Formado em Medicina em 1977, pela Escola Bahiana de Medicina, Adhemar Valverde pretende ainda, nos dois próximos anos que estará à frente da Saeb, criar as bases para um Museu da Anestesiologia Baiana, uma conseqüência da projeção que a Bahia tem na especialidade. Em setembro a sociedade promove a sua habitual Jornada de Anestesiologia, desta vez em Salvador. Valverde fez parte das duas últimas gestões da Saeb, como primeiro-secretário (2000/2001) e secretário-geral (2002/2003), na presidência de Maria Jucinalva Costa. É coordenador do Grupo de Anestesiologia da Bahia, que atua no Hospital Jorge Valente, e trabalha no Hospital Ana Nery. Cooperativa nos planos da atual Sobape A nova diretoria da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) tomou posse no dia 31 de março. O novo presidente da sociedade é o pediatra Fernando Castro Barreiro. Na solenidade de posse, estiveram presentes o vice-presidente do Cremeb, Jorge Cerqueira, o presidente da ABM, José Carlos Brito, o presidente do Sindimed, Alfredo Boa Sorte, e o então presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Lincoln Freire. O mandato da nova diretoria da Sobape vai até 2007. Fernando Barreiro, que substitui o pediatra Hans Greve, espera muito trabalho pela frente e diz que uma das metas principais de sua gestão é a transferência da Sobape para a nova sede, ainda em obras. A defesa profissional é outro item nos planos do presidente. “Já instituímos uma comissão que está realizando estudos sobre a viabilidade da formação de cooperativas e especialidades pediátricas”, afirma. O apoio à implantação da CBHPM, ga-rantiu, é uma luta que terá continuidade com a nova gestão. A Revista Baiana de Pediatria, fundada pela sociedade no ano passado, é outra aposta da nova diretoria. Para a atualização profissional, será dada continuidade aos cursos de reanimação neonatal e pediátrica. “Iniciaremos os estudos para a criação da Fundação Sobape, que trabalhará em projetos de interesse da sociedade, como Programa de Aleitamento Materno e Bancos de Leite, programa de implantação de UTIs neonatais, combate ao abuso infantil, dentre outros”, informou Fernando Barreiro.

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