Policlínica acusada de negligência Cabeleireira culpa unidade pela morte de dois membros da família Primeiro foi a morte da mãe. Agora a cabeleireira Maria da Conceição Silva, de 29 anos, lamenta a partida prematura do seu sobrinho, que nasceu morto, na tarde da última segunda-feira. Os dois casos aconteceram na Policlínica e Maternidade Arnaldo Marques, no Ibura, e, segundo Maria da Conceição, em ambos houve negligência médica. Ela registrou a denúncia no plantão da Delegacia de Boa Viagem, na noite da última terça-feira. A direção da unidade começou, ontem mesmo, a apurar o fato. Caso fique constatada a negligência, a Secretaria de Saúde do Recife fará os encaminhamentos necessários. Independente disso, o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) irá instaurar sindicância. A maternidade foi inaugurada em 16 de março deste ano. Maria da Conceição contou que sua irmã, a doméstica Regina Patrícia da Silva, 26, grávida do primeiro filho, começou a sentir as contrações na última segunda-feira. “Regina deu entrada na Policlínica às 11h, o médico de plantão fez o toque, aferiu a pressão e mandou minha irmã ir para casa”, disse Maria da Conceição. Não satisfeitas, as duas aguardaram o próximo plantonista para fazer uma nova consulta, às 19h40. “O outro médico fez a mesma avaliação e pediu que ela retornasse ao hospital apenas em três ou cinco dias”. Segundo a cabeleireira, Regina Patrícia passou a madrugada tendo contrações em intervalos de três a cinco minutos. Às 8h da manhã seguinte, retornaram. “A ultra-som foi feita às 10h30 e constataram que o coração do bebê tinha parado de bater”, disse. O feto só foi retirado às 13h. O parto foi normal e, segundo Maria da Conceição, os cirurgiões ainda machucaram a cabeça da criança no momento da retirada. “Se tivessem feito o parto logo, isso não teria acontecido. Foi um descaso para com a paciente. Exigimos justiça”, declarou. A irmã fazia pré-natal no Imip. “Ameaçamos apresentar o caso à Imprensa, e os médicos pediram por tudo para não fazer isso”, revelou. A delegada do plantão de Boa Viagem, Rosileide Carmina, afirmou que o Cremepe e a Secretaria de Saúde do Recife deverão intervir no caso. Mulher já havia perdido a mãe na mesma clínica Em abril deste ano, na Sexta-feira Santa, Maria da Conceição também perdeu a mãe, a aposentada Izabel Francisca da Silva, 66 anos. Ela era diabética e regularmente a filha lhe aplicava injeções de insulina. Numa das aplicações, feita na barriga, Dona Izabel ficou sentindo fortes dores na região onde a agulha perfurou, e foi levada pela manhã à emergência da Policlínica Arnaldo Marques. “Lá, medicaram mamãe, receitaram cefalexina e a mandaram para casa, dizendo que à noite a dor passaria”, disse ela. Mas a dor persistiu de maneira insuportável durante todo o dia, e a aposentada foi internada no Hospital Otávio de Freitas, falecendo um dia depois. “Se tivessem tratado minha mãe de maneira responsável na Arnaldo Marques, certamente isso não teria acontecido. Ela morreu lúcida, agonizando de tanta dor”, relembrou. A filha também acusa a policlínica pela morte da mãe. Cremepe instaurará sindicância para fatos O gerente do Distrito Sanitário VI da Secretaria de Saúde do Recife, responsável pela área, Tiago Feitosa, afirmou que já estão sendo recolhidos os registros de atendimento de Regina, para saber se há indícios de negligência médica ou alguma falha no serviço que determinou que a criança viesse a óbito. “Estamos em fase apuratória e, baseados na análise dos três atendimentos que ela teve, iremos tomar as medidas necessárias, e a abertura de sindicância é uma delas. Amanhã (hoje) de manhã devemos ter uma resposta”, disse Feitosa, destacando que Regina foi atendida em todas as três vezes que procurou a policlínica. Sobre a morte da mãe de Regina, em abril deste ano, o diretor da unidade, Marcos Aurélio Vasconcelos, explicou que “a policlínica é uma referência e ela era uma paciente diabética, hipertensa, descompensada e idosa, que veio a falecer”. “Na época, não foi questionado e não houve nenhuma denúncia deste caso. Isso só surgiu ontem. A família está fragilizada, acho que no afã do desespero veio à tona isso”, destacou Vasconcelos, explicando que os profissionais que participaram dos três atendimentos de Regina também serão ouvidos. O médico-corregedor do Cremepe, Roberto Tenório, informou que será instaurada uma sindicância, que deve durar cerca de 30 dias. “Se houve transgressão ao Código de Ética Médico, será instaurado um procedimento ético-profissional, que pode culminar com uma absolvição ou punição com uma advertência até a cassação do exercício profissional”, destacou Tenório. A Secretaria de Saúde do Recife informou que é rotina a investigação de todos os óbitos ocorridos nas unidades de saúde municipais. Quanto ao óbito do último dia 10, já foi iniciada a análise do caso e será instaurada sindicância para apurar os fatos administrativamente. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com Informações da Folha de Pernambuco.

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