Os cerca de 150 médicos do Programa de Saúde da Família, da Prefeitura de São Paulo, gerenciados pelo Hospital Santa Marcelina, saíram frustrados da reunião com representantes da Secretaria da Saúde, no final da tarde de ontem, e decidiram manter a greve iniciada na última segunda-feira. O presidente do Sindicato dos Médicos, José Erivalder Guimarães de Oliveira, disse que a prefeitura não definiu uma data para o pagamento dos salários de dezembro, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), dissídio coletivo e 13º referentes ao ano passado. “Eles disseram que iriam se emprenhar para arrumar dinheiro. Entretanto, não falaram uma data de quando os pagamentos iriam ocorrer. Saímos frustrados da reunião”, disse Oliveira. Os grevistas vão se reunir na tarde desta terça-feira com médicos do Programa Saúde da Família gerido pela Associação Saúde da Família, que atuam nos postos da região norte da cidade. Eles também deverão aderir à paralisação. Outro lado A Secretaria Municipal da Saúde informou, por meio de nota, que os pagamentos deverão ocorrer ainda nesta semana. A secretaria ainda não se pronunciou sobre a greve. Na semana passada, a secretaria admitiu o atraso no repasse de R$ 25 milhões às 12 entidades que administram as 198 unidades do programa em toda a cidade, e atribuiu o problema a dívidas anteriores. Segundo a pasta, o prefeito José Serra (PSDB) deve assinar dois decretos que determinarão a “abertura do sistema financeiro, que possibilitará a reserva e o empenho de verba para futuros pagamentos, e outro visando dívidas anteriores à atual gestão”. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com Informações da Folha de São Paulo.