Em reunião realizada na sexta-feira (23/01), na sede da Associação Médica Brasileira (AMB), a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) adiou o anúncio de uma data para a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), o que era aguardado para aquela ocasião. “A negociação não andou o tanto que esperávamos, mas não podemos negar que obtivemos avanços”, afirmou o diretor de Defesa Profissional da AMB, Eduardo da Silva Vaz, esclarecendo que as questões técnicas para a adoção da CBHPM estão praticamente resolvidas e que a Unidas assumiu o compromisso de, no dia 6 de fevereiro, impreterivelmente, ter a resposta definitiva quanto à data da implantação. Em novembro de 2003, a Unidas publicou comunicado, assinado em conjunto com a AMB e o Conselho Federal de Medicina, reconhecendo a CBHPM como parâmetro justo de remuneração médica e assumindo a responsabilidade de orientar suas filiadas pela adoção da CBHPM dentro de um período de seis meses. Comissões estaduais No encontro de sexta, o impasse ficou por conta do pedido de que as negociações em nível nacional fossem feitas com a Unidas e não diretamente com as operadoras de planos de saúde. “Explicamos que a AMB não pode interferir nos movimentos das comissões estaduais, porque elas têm autonomia para negociar da maneira que julgarem melhor, e que, além disso, não podemos ignorar as diferenças socioeconômicas entre as regiões do país” afirmou Vaz. O diretor de Defesa Profissional da AMB também salientou que entre as empresas associadas à Unidas, há aquelas com maior disposição à negociação e outras em que o impacto econômico com a adoção da CBHPM será maior – com as quais, provavelmente, a negociação será mais difícil. “Caberá a cada comissão estadual decidir se prefere negociar com a Unidas ou com cada uma das empresas de autogestão em saúde”, concluiu Vaz. FONTE: AMB