Nesta quarta-feira (15 de setembro), os médicos do Maranhão suspenderam o atendimento por tempo indeterminado aos usuários das 17 empresas de autogestão ligadas à Unidas. O grupo havia firmado acordo de implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) em audiência pública na Promotoria de Defesa do Consumidor, no dia 30 de março, mas não promoveu os reajustes previstos. Diante do impasse, a Unidas fez uma nova proposta aos profissionais, que a aprovaram desde que fossem assinados contratos de prestação de serviço nas bases acordadas. Diante da negativa do grupo, os médicos decidiram suspender o atendimento. “A Unidas perdeu totalmente a credibilidade depois de descumprir um acordo assinado em audiência pública”, afirma Mário Gaspar, representante da Sociedade Médica do Maranhão na Comissão Estadual de Honorários Médicos. As empresas ligadas à Abramge, que já haviam fechado acordos com os médicos, exceto Hapvida e Golden Cross, também voltaram atrás e sofrem suspensão do atendimento desde a semana passada. Como 100% dos profissionais se descredenciaram de Bradesco e Sul América, atualmente os médicos maranhenses só prestam atendimento aos usuários da Unimed. As Unimeds São Luís e Imperatriz pagam R$ 34,00 pela consulta. No dia 23 de setembro, os cooperados irão decidir em assembléia as estratégias de implantação da CBHPM. Nesta quinta-feira (16 de setembro), as entidades médicas promoverão um ato público de protesto contra o descumprimento dos acordos. O Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira estará reunido em São Luís, na sexta-feira. Fonte: AMB