Reunidos em assembléia geral nesta quinta-feira (07/10), no auditório da Sociedade de Medicina de Sergipe (Somese), os médicos recusaram, por unanimidade, a proposta da Unidas apresentada oficialmente no final da tarde. Desta forma, os médicos irão denunciar ao Ministério Público o descumprimento do acordo entre a Comissão Estadual de Honorários Médicos e a Unidas, assinado por todas as empresas do grupo na Procuradoria Estadual em maio deste ano. O acordo previa a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) com redutor de 20% a partir de 1º de outubro. Segundo o coordenador da Comissão, Adelson Chagas, “a decisão da Unidas foi decepcionante para a categoria e a proposta apresentada, dando um reajuste na tabela do acordo anterior, de 1996, na ordem de 15% , excluindo ainda uma série de capítulos do benefício, tornou-se inaceitável para a categoria”. O presidente da Somese, Roberto Gurgel, garantiu que a entidade irá buscar os instrumentos legais para o cumprimento do acordo firmado em maio. “Em razão desse acordo, houve uma desmobilização da categoria, que acreditou e confiou que a Unidas fosse cumprir o que havia acertado no Ministério Público”, afirmou. Nova assembléia já foi marcada para o dia 20 de outubro, quando os médicos avaliarão o movimento e poderão decidir pela suspensão do atendimento por guias aos 70 mil usuários das empresas de autogestão em Sergipe, como Petrobrás, Banese, Banco do Brasil, Correios, Geap e Assefaz, entre outras. Para o vice-presidente da AMB para a região Nordeste, Lúcio Prado Dias, a decisão da Unidas foi lamentável, uma vez que o acordo estava selado e por isso o grupo tinha a obrigação de encontrar os meios para tal fim. “A decisão da assembléia foi tomada de forma absolutamente segura e altiva, e dava para perceber a decepção dos médicos com este recuo da Unidas”, lamentou Prado. Fonte: Site da Somese