Os médicos de Araras, no interior de São Paulo, mobilizados em assembléia geral permanente desde setembro, fecharão o ano comemorando os acordos obtidos para a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) na cidade. A Unimed Araras adotará a CBHPM a partir de 1º de janeiro, no quesito honorários médicos, na forma de distribuição por produção. Depois de reajustar a consulta para R$ 33,60 e o CH para 0,30 desde novembro, o grupo Unidas também implantará a Classificação em janeiro, mas na banda mínima, com previsão de reajuste em abril a ser discutido. Já o convênio da Santa Casa adotou a CBHPM com redutor de 35% em novembro, com acordo para chegar à banda mínima até maio. Por sua vez, a autogestão Nestlé, reajustou a consulta para R$ 33,60 em setembro e implantou a CBHPM na banda mínima em outubro. Segundo o acordo, os valores passarão para a banda intermediária em fevereiro, com a consulta a R$ 42,00, e novos reajustes serão contemplados em agosto. Além das seguradoras, cujos usuários estão sendo atendidos somente pela tabela particular no sistema de reembolso, apenas a “novidade” Gama Saúde não fechou acordo de implantação da CBHPM com a classe médica. A operadora, inédita na cidade, foi introduzida pela Nestlé do Brasil, após fechar o acordo. Os médicos não concordaram com essa introdução, ainda que com promessas verbais de que atuaria nas bases que haviam sido fechadas no acordo como autogestão. No entanto, a operadora Pró-Saúde, com recursos próprios e que já atendia à Nestlé, migrou e deu suporte à Gama, contrariando a decisão da assembléia de suspender o atendimento e, portanto, ocupando as funções dos colegas que haviam tido os seus contratos rescindidos em massa pela Nestlé. De acordo com o presidente da regional da Associação Paulista de Medicina, Homero Theiss de Aguiar, estão sendo estudadas as providências cabíveis. “Como o acordo com a Nestlé está sendo cumprido e o conflito se restringe à operadora Gama, consideramos a CBHPM implantada em Araras. Esperamos que a Nestlé do Brasil reveja a sua posição”, afirma. Fonte: AMB